Título: Senhorita Aurora
Autor: Babi A. Sette
Editora: Verus
Número de Páginas: 342
Ano de Publicação: 2018
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Nicole é uma jovem bailarina e está prestes a realizar seu sonho: estrear no papel principal em uma peça na Companhia de Ballet de Londres. Tudo estaria perfeito se não fosse pela presença de um dos seus diretores, o temido Daniel Hunter, um maestro prodígio de temperamento difícil, com um humor sombrio e que desperta em Nicole sentimentos contraditórios.
Quando uma tempestade de neve isola os dois em uma mansão centenária, Nicole e Daniel serão obrigados a encarar não apenas os segredos que atormentam o maestro, mas também uma paixão proibida — e avassaladora — que nasce entre eles. Entre a tão sonhada carreira na dança, um amor intenso como ela nunca sentiu e a própria segurança, Nicole se verá diante de escolhas que parecem impossíveis. E caberá a ela resgatar Daniel de seu próprio passado…
Quando foi publicado de forma independente na Amazon em 2016, Senhorita Aurora se manteve entre os eBooks mais vendidos da plataforma pelos 40 dias em que esteve disponível. Quase dois anos depois, o livro chega às livrarias em formato físico pela editora Verus, possibilitando que mais leitores conheçam a história de Nicole e Daniel, agora em versão estendida.
Nicole está prestes a realizar o sonho de se tornar a primeira bailarina em uma peça na companhia de balé da qual faz parte. Contudo, um de seus diretores, o maestro Daniel Hunter, tem tornado tudo mais difícil para ela: além de seu humor imprevisível, ele simplesmente tomou conta dos pensamentos da bailarina.
Apesar de já conhecer o trabalho de Babi A. Sette de seus livros A Promessa da Rosa e Não Me Esqueças, ler Senhorita Aurora me deu a sensação de estar novamente conhecendo a escrita da autora. Isso porque pela primeira vez a narrativa se dá em primeira pessoa. Além da proximidade maior com a protagonista que essa perspectiva proporciona, a escrita em si sofreu influências dessa escolha, adquirindo um vocabulário semelhante ao da faixa etária de Nicole, embora não perca as características de sensibilidade e intensidade tão próprias de Babi.
Intensidade, aliás, é a marca de Senhorita Aurora. A história já se abre demonstrando o quanto as emoções são as protagonistas no palco criado pela autora e em momento algum esse aspecto fica de lado. Ao contrário, as sensações são constantemente despertadas e cada vez mais intensificadas, sobretudo no que se refere à relação entre Nicole e Daniel. Em se tratando desse casal, a única certeza é que não há indiferença entre eles e naquilo que eles nos causam. Confesso que a relação alucinada e mutável entre os personagens me incomodou em alguns momentos pela sobrecarga que me causou; porém, era isso o esperado, já que assim podemos sentir na pele o próprio desgaste enfrentado por Nicole.
De qualquer maneira, o que mais me tocou na leitura foi a mensagem transmitida pela história. Posso ter adorado o cenário londrino e a relação da música e da dança tão presentes no enredo, mas me apaixonei pela maneira de como o amor age sobre Nicole e Daniel para que ambos sejam capazes de lidar com os conflitos a eles impostos. Em um primeiro instante, Nicole precisa enfrentar as consequências que os fantasmas de Daniel causam aos dois — e com as escolhas que ela será obrigada a fazer a partir disso — ao passo que é tocante acompanhar a batalha interna do maestro, em especial por seus medos serem tão palpáveis e humanos. Depois, é a própria Nicole quem se vê frente ao inesperado e foi esse o instante que mais me emocionou; afinal, as imprevisibilidades da vida podem nos levar a lugares indesejados, mas, encontrando apoio ao nosso redor, é sempre possível descobrir novas saídas. E Senhorita Aurora não decepciona em matéria de demonstrar que a felicidade é possível a todos.
Em linhas gerais, finalizei a história de Nicole e Daniel completamente tomada pelas mais diversas emoções e precisei digerir cada uma delas antes de escrever essa resenha. Senhorita Aurora conta com passagens típicas em romances do gênero, mas garante sua marca particular. É daquelas leituras que acima de tudo devem ser sentidas, e somente a partir dessa sensibilidade é que tiramos as valiosas mensagens por ela transmitidas.
Oi, Aione.
É perceptível que a autora conduz o livro com maestria, submetendo-se assim, a entregar ao leitor uma história bonita, encantadora e com uma dosagem de drama, que eu aprendi a gostar.
Gosto muitíssimo de ver a evolução/redenção de personagens como o Daniel. Pra mim, esse é um ponto primordial em um livro. Espero, é claro, que isso tenha acontecido nesse livro.
Acredito que, apesar de algumas ressalvas em relação ao personagem, é uma leitura que vou curtir, pois notei que a Babi reuniu elementos básicos, mas também surpreendentes e envolventes, que formam um bom romance.