Título: A Promessa da Rosa
Autor: Babi A. Sette
Editora: Novo Século
Número de Páginas: 432
Ano de Publicação: 2015
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Século XIX: Status, vestidos pomposos, carruagens, bailes… Kathelyn Stanwell, a irresistível filha de um conde, seria a debutante perfeita, exceto pelo fato de que ela detesta a nobreza; é corajosa, idealista e geniosa. Nutre o sonho de ser livre para escolher o próprio destino, dentre eles inclui o de não casar-se cedo. No entanto, em um baile de máscaras, um homem intrigante entra em cena… Arthur Harold é bonito, rico e obstinado.
Supondo, por sua aparência, que ele não pertence ao seu mundo, à impulsiva Kathelyn o convida a entrar no jardim – passeio proibido para jovens damas. Nunca mais se veriam, ela estava segura disso. Entretanto, ele é: o nono duque de Belmont, alguém bem diferente do homem que idealizava, só que, de um instante a outro, o que parecia a aventura de uma noite, se transforma em uma paixão sem limites.
Porém, a traição causada pela inveja e uma sucessão de mal-entendidos dão origem ao ciúme e muitas reviravoltas. Kathelyn será desafiada, não mais pelas regras sociais ou pelo direito de trilhar o próprio caminho, e sim, pela a única coisa capaz de vencer até mesmo a sua força de vontade e enorme teimosia: o seu coração.
Qual o significado de ser mulher na Inglaterra do século XIX? Embora muitos romances de época nos deem uma ideia, ainda que romantizada, da grande pressão e limitações impostas às mulheres, Babi A. Sette explora essa realidade com muito mais intensidade e brutalidade em seu segundo livro, A Promessa da Rosa, publicado em 2015 pela editora Novo Século.
Kathelin é uma jovem da aristocracia, filha de um conde, sendo uma das mais promissoras em sua temporada de estreia na sociedade. Contudo, sua personalidade extremamente idealista não permite a ela seguir ou aceitar as regras normalmente seguidas por outras mulheres. Então ela se apaixona e, sem imaginar, passa a correr riscos muito mais perigosos do que o de simplesmente entregar seu coração à paixão.
A Promessa da Rosa já se inicia trazendo intensidade graças à primorosa escrita de Babi A. Sette. Em terceira pessoa, a narrativa se alterna de acordo com a perspectiva de Kathelin e o duque de Belmont, sem jamais perder sua força e sensibilidade. Há lirismo na maneira da autora retratar cenas e sentimentos, e somos impactados pelas imagens e sensações por ela construídas.
Ainda que a escrita de Babi A. Sette seja indiscutivelmente cativante, é a protagonista em si de A Promessa da Rosa seu grande destaque. Kathelin é exemplo de força, de ser fiel aos próprios princípios, de autenticidade e de consciência sobre si. É também exemplo de se sofrer as consequências injustas de ser uma mulher tão à frente do seu tempo em uma época em que a elas não se era permitido ao menos ousar ter vontades próprias. Há ainda certa romantização no decorrer dos acontecimentos? Sim, há. Porém, entre os romances de época que já li, esse foi o que mais demonstrou a brutalidade da desigualdade entre gêneros, causando não só indignação por tudo a que Kathelin é submetida como também fortalecendo a admiração que por ela sentimos.
Se Kathelin é, para mim, o ponto alto de A Promessa da Rosa, seu par romântico, o duque de Belmont foi o responsável por me fazer finalizar a leitura em dúvida sobre como me senti sobre ela. Odiei o personagem e suas atitudes com todas as minhas forças, e não consegui me sentir cativada pela história de amor desenvolvida. Ele é sim coerente com sua época no sentido de que dificilmente encontraríamos cavalheiros que aceitassem mulheres tão dispostas a não se submeterem a nada além de seus próprios princípios e anseios; porém, se um dos propósitos de uma obra é a de narrar uma história de amor romantizada, é primordial que também nos apaixonemos pelo mocinho, de forma a torcermos pelo casal. E isso passou longe de acontecer comigo aqui.
A Promessa da Rosa foi uma leitura sensível e intensa e que me fez admirá-la se estivermos falando da história de luta de uma mulher incrível, capaz de suportar o inferno simplesmente por ter consciência de si e não aceitar ser algo diferente do que se é. Porém, passará longe de minhas recomendações se o quesito forem histórias emocionantes de amor. Esteja preparado para uma leitura arrebatadora, capaz de dividir opiniões e de deixá-lo em dúvida sobre suas próprias impressões justamente pelos protagonistas da trama causarem efeitos tão controversos entre si.
Oi Aione! Ótima resenha!
Que linda a capa deste livro!
Eu já conhecia este livro e a autora, porque a sua gêmea do Livros e Fuxicos adora os livros dela. Mas eu ainda não li nada da autora.
Gostei bastante da premissa de A Promessa da Rosa. Parece ser, como você comentou, um leitura muito intensa e envolvente. Adoro encontrar protagonistas femininas fortes e inspiradoras na literatura.
Pena que o mocinho e o romance em si não te conquistaram. Fiquei um pouco receosa por causa disso, mas talvez eu dê uma chance para esse livro em breve.
Bjos!