Título: Macbeth
Adaptação: Richard Appignanesi
Ilustração: Robert Deas
Editora: Galera Record
Número de Páginas: 216
Ano de Publicação: 2016
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Macbeth chega à coleção que combina o estilo do mangá japonês e Shakespeare. “Salve, Macbeth, que será rei!” Com esta enganadora profecia, três feiticeiras plantam a semente da ambição criminosa na alma do chefe guerreiro Macbeth. Incitado por Lady Macbeth, sua esposa, ele embarca numa orgia assassina contra velhos amigos e rivais, até a confrontação final, quando percebe, muito tarde, que as feiticeiras o iludiram. Nesta versão da narrativa shakespeariana de assassinato e sobrenatural, guerreiros samurais recuperam um mundo pós-atômico de mutantes.
Macbeth em formato de mangá, traduzido por Alexei Bueno – um dos mais premiados poetas brasileiros -, faz parte da coleção Mangá Shakespeare, publicada no Brasil pela Galera Record.
Aqui, a proposta é que seja uma forma original e divertida de conhecer as obras de Shakespeare. As ilustrações são inspiradas nos mangás japoneses, unindo o tradicional ao moderno de modo a disseminar importantes conteúdos que marcaram o universo literário e tornaram-se clássicos.
Minha experiência de leitura foi, acima de tudo, extremamente fluída. Com isso, destaco o fato de que a sequência dos diálogos em junção com o contexto mais contemporâneo desenvolvido foi extremamente bem sucedido.
Como sabemos, Macbeth é uma tragédia Shakespereana que envolve profecias, mortes, relações de poder e confrontos. Assim, o mangá reconstrói toda essa conjuntura, porém, neste caso, transformando o icônico general em um guerreiro samurai num mundo pós-atômico.
Em relação à edição, nas primeiras páginas temos a apresentação geral dos personagens e as ilustrações em cores. Depois, adentramos na história através das imagens em preto e branco, o que para mim funcionou muito bem e fez todo o sentido, já que a trama possui um clima carregado por embates que ficaram ainda mais envolventes com essa atmosfera criada pelo ilustrador Robert Deas.
De modo geral, a leitura funcionou satisfatoriamente, me estimulando a buscar o livro original – o que acredito ser uma das principais funções dessa coleção: nos incentivar a ler os clássicos. O mangá funciona como uma das porta de entrada para tal por ser um mecanismo interativo, atrativo e que certamente funcionará muito bem sobretudo para os jovens que desejam conhecer a obra Shakespereana.
Apesar de não ler mangas achei bem interessante essa releitura de um clássico de Shakespeare e como você destacou ao final a leitura deve estimular os jovens a querer conhecer mais os clássicos. Dando uma opinião leiga, achei os desenhos bem construídos e pelo que vi da resenha e das imagens. acho que deve ser uma história contada de forma ágil e que prende o leitor. 😉