Título: Doce Perdão
Autor: Lori Nelson Spielman
Editora: Verus
Número de Páginas: 322
Data de Publicação: 2015
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Hannah Farr é uma personalidade de New Orleans. Apresentadora de TV, seu programa diário é adorado por milhares de fãs, e há dois anos ela namora o prefeito da cidade, Michael Payne. Mas sua vida, que parece tão certa, está prestes a ser abalada por duas pequenas pedras… As Pedras do Perdão viraram mania no país inteiro. O conceito é simples: envie duas pedras para alguém que você ofendeu ou maltratou. Se a pessoa lhe devolver uma delas, significa que você foi perdoado. Inofensivas no início, as Pedras do Perdão vão forçar Hannah a mergulhar de volta ao passado – o mesmo que ela cuidadosamente enterrou -, e todas as certezas de sua vida virão abaixo. Agora ela vai precisar ser forte para consertar os erros que cometeu, ou arriscar perder qualquer vislumbre de uma vida autêntica para sempre. Após o sucesso mundial de “A lista de Brett”, Lori Nelson Spielman retorna com este romance terno e esperto sobre nossas fraquezas tão humanas e a coragem necessária para perdoá-las – assim como para pedir perdão.
A Lista de Brett foi um dos melhores livros lidos por mim em 2014. Sendo assim, não pude deixar de me sentir ansiosa por Doce Perdão, novo lançamento de Lori Nelson Spielman pela Editora Verus, uma obra que promete ser tão terna quanto a que consagrou a autora.
Em Doce Perdão, temos a história de Hannah Farr, celebridade local de New Orleans devido a um programa de TV matinal por ela apresentado. Hannah não fala há mais de 20 anos com sua própria mãe, desde um incidente vivido por elas, capaz de alterar para sempre o rumo de suas vidas. Agora, após ter recebido as Pedras do Perdão, uma espécie de corrente que tem por finalidade propagar o perdão entre aqueles que cometeram algum erro e a consequente libertação da culpa carregada por isso, Hannah começa a reavaliar não só seu próprio passado como também a si mesma e sua vida atual, inclusive no que diz respeito ao seu relacionamento com o prefeito da cidade, Michael.
“- Só estou dizendo que minha mãe merece um pouco de romance, e talvez esse cara, o Sullivan, possa fazer isso. – Ele me encara. – Você sabe como eu penso. Nunca se desiste de quem se ama.”
página 69
É perceptível desde o início da trama o toque de leveza e ternura que tanto me conquistaram em A Lista de Brett, e Lori Nelson Spielman cria o enredo sem economizar nessas características. Assim, não demorei a me envolver tanto com a história quanto com essa energia positiva que dela emana. Em primeira pessoa, Hannah nos narra sua atual situação de vida ao mesmo tempo em que relembra os fatos que a marcaram para sempre e, ao retomá-los, dá início a uma longa jornada rumo ao seu auto-conhecimento, na qual embarcamos com ela.
Ao mesmo tempo em que me senti envolvida pelo enredo e por todos os questionamentos feitos por Hannah, também senti que a história se desenvolveu de maneira demasiadamente acelerada em alguns momentos, tanto pelos próprios acontecimentos em si, sujeitos a alguns “saltos” no tempo, mesmo que em períodos cronológicos relativamente curtos, quanto pelas próprias transformações que a protagonista vive. Acredito que pela carga emocional que ela carrega, tudo pareceria mais convincente e menos, de certa forma, artificial, se explorados com mais calma, mais lentamente, a fim de que o leitor processasse junto de Hannah tais mudanças.
“Para cada vela que apagamos, acendemos outra. Que viagem de tentativas e erros é esta experiência humana… A vergonha e a culpa que carregamos são temperadas por momentos de generosidade e humildade. No fim, só podemos esperar que a luz que lançamos seja mais forte que a escuridão que criamos.”
página 276
Ainda, alguns pontos levantados pela autora me incomodaram profundamente durante a leitura. A mensagem de Doce Perdão é bela, válida e verdadeira, e de fato se aplica a praticamente tudo exposto por Lori Nelson Spielman. Contudo, não me sinto confortável em ignorar ou aceitar que uma das temáticas abordadas, ligadas ao que Hannah viveu quando adolescente, tenha sido desenvolvida da maneira em que se deu aqui. Infelizmente não poderei entrar em detalhes em soltar spoilers, mas, em minha visão, acredito que a autora deu um tratamento romantizado e maquiado para uma questão séria e extremamente problemática, que não poderia simplesmente ser vista como “passado” e ter sido deixada de lado em nome do amor e perdão. Embora não haja um esclarecimento definitivo sobre a verdade dos fatos, há indícios bem fortes sobre o que pode ter acontecido, e não acho que a autora tenha sido feliz em inserir essa questão para tratá-la dessa maneira.
Apesar dos momentos demasiadamente ágeis para mim e da questão problemática mencionada, Doce Perdão sem dúvidas traz consigo uma bela mensagem, envolta em uma leitura rápida, tranquila e agradável, capaz de enternecer e emocionar em seus momentos mais sensíveis.
Aione!
Livros que tem a temática do perdão me interessam porque não guardo mágoas e acho que a vida é tão difícil que temos mesmo de perdoar.
Quanto ao fato do que aconteceu não ter sido abordado de forma correta pela autora, tenho de ler para saber do que se trata.
“Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.” (Albert Einstein)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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