Hoje venho trazer para vocês um pouco da minha experiência com a I Feira Nordestina do Livro (Fenelivro) realizada aqui em Recife/PE, de 28 de agosto a 7 de setembro de 2015, no Centro de Convenções de Pernambuco. O evento teve entrada gratuita e foi uma realização da Associação do Nordeste de Distribuidores e Editores de Livros (Andelivros) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), em parceria com a Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Marcou, ainda, os cem anos da Imprensa Oficial do Estado. A coordenação de programação da feira esteve sob a curadoria do jornalista Evaldo Costa.
Tenho a sorte de morar numa cidade que tem muitas livrarias, sebos e eventos literários. Poderia ter mais, afinal, o incentivo à leitura no nosso país ainda está muito abaixo do que necessitamos, no entanto, temos sim movimentações pontuais e cada vez mais recorrentes no que concerne ao incentivo do hábito de leitura. Sei que há também o boom do mercado editorial, o aumento nas vendas e, consequentemente, no fato de se consumir o livro como uma mercadoria qualquer e não necessariamente como uma fonte de conhecimento essencial às nossas vidas, mas podemos pensar nesse debate para, quem sabe, uma próxima postagem. Ainda assim, é sempre gratificante quando vemos eventos tão bacanas se difundirem pelo Brasil.
A programação da feira foi mesclada entre palestras, bate-papos, minicursos, lançamentos de livros, contações de histórias, entre outras coisas. Vários autores forem convidados, entre eles: Augusto Cury, Raimundo Carrero, Xico Sá, Marcelino Freire, entre outros.
Fui apenas no dia 05, mas passei a tarde e uma boa parte da noite por lá e foi muito proveitoso. O que mais me atraiu na programação dessa data foi a palestra intitulada “Noites Pernambucanas” com o escritor Marcelino Freire. Desse modo, já fui determinada a assisti-la e aproveitei para levar o livro do autor para que ele o assinasse. Lembram que resenhei Amar é Crime, do Marcelino? Se não viram a resenha, deem uma olhadinha aqui.
Antes da palestra começar, fui dar uma volta na feira e conferir, principalmente, as promoções. Afinal, que graça teria uma feira de livros sem nenhuma promoção não é mesmo? Levei uma listinha com alguns que já estava em mente para comprar, mas infelizmente estavam pelo mesmo preço da livraria. Acabei comprando só dois que estava querendo muito e que iria comprar na livraria de todo modo. Por outro lado, tive um pouco mais de sorte no estande da editora Cortez, pois tinham diversos livros da minha área de estudos por apenas 10 R$, e comprei cinco deles.
Por último, comprei quatro livros infantis para presentear, e preciso ressaltar que o que mais havia eram estandes de livros infantis, muitas vezes com os mesmos livros dos outros estandes, o que considerei um ponto negativo. Claro que é super importante ter esse tipo de literatura em qualquer evento do tipo, mas, a meu ver, a variedade deveria ser maior,até mesmo para as crianças os títulos me pareceram um pouco repetitivos. A impressão que me deu é que a feira queria atingir o máximo de vendas sobre esse público e esse também é outro aspecto a se pensar com delicadeza.
Agora vamos conversar sobre uma das partes mais legais do dia: a palestra com o escritor pernambucano Marcelino Freire. Antes de começar, consegui dar uma palavrinha com autor, que foi extremamente receptivo, gentil e atencioso. Além de assinar meu livro (o que me deixou muito feliz), ainda conversou um pouquinho comigo e tirou várias fotos. Vejam só que privilégio!
Logo em seguida, juntaram-se ao Marcelino seus dois amigos também escritores: Sidney Nicéas e Carlos Enrique Sierra, com os quais, também, tive a oportunidade de falar rapidamente.
Na palestra, Marcelino sempre bem humorado, além de falar do processo criativo dos seus livros, contou diversas curiosidades e respondeu a perguntas do público presente, mantendo uma interação muito direta e sincera com a plateia. A fala dele foi sensacional e me fez refletir sobre várias questões referentes ao mundo literário, sem falar que fiquei com muita vontade de ler todos os seus outros livros.
SOBRE OS AUTORES:
MARCELINO FREIRE é escritor. Nasceu em 1967, em Sertânia, PE. Viveu no Recife e, desde 1991, reside em São Paulo. É autor, entre outros, dos livros “Angu de Sangue” (Ateliê Editorial) e “Contos Negreiros” (Editora Record – Prêmio Jabuti 2006). Em 2004, idealizou e organizou a antologia de microcontos “Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século” (Ateliê). Alguns de seus contos foram adaptados para teatro. Participou de várias antologias no Brasil e no exterior. “Contos Negreiros” foi publicado em 2013 na Argentina, pela Editora Santiago Arcos e com tradução de Lucía Tennina. Criou a Balada Literária, evento que, desde 2006, reúne escritores, nacionais e internacionais, pelo bairro paulistano da Vila Madalena. É um dos integrantes do coletivo EDITH, pelo qual lançou, em julho de 2011, o livro de contos “Amar É Crime”. No final de 2013, publicou seu primeiro romance, intitulado “Nossos Ossos” (Record), publicado também na Argentina, pela editora Adriana Hidalgo, e na França, pela editora Anacaona, e com o qual ganhou o prêmio Machado de Assis 2014 de Melhor Romance pela Biblioteca Nacional.
Fonte: site oficial do autor
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SIDNEY NICÉAS iniciou sua jornada literária em 1995 quando escreveu e dirigiu a peça “Cinzas da Paixão”. O escritor é autor dos livros “O que importa é o caminho”, “O Rei, a Sombra e a Máscara” lançado junto com um curta-metragem dirigido pelo autor, “A Grande Ilusão” que integrou o catálogo brasileiro na Feira de Frankfurt e “Vic e o Homem Feito de Nuvens”. Também é comunicador titular da Sidney Nicéas Comunicação Integrada, especializando-se em comunicação institucional ao longo dos seus 21 anos de carreira. Ministra palestras e workshops sobre criatividade em empresas e instituições diversas. Foi destaque na Colômbia na Feira Internacional do Livro de Bogotá.
Vocês podem acompanhar o autor também no seu blog!
Por fim, no geral, achei um ótimo evento e considerei muito positivo o incentivo aos autores locais. E quanto a vocês? Quais são os eventos literários da sua cidade? Às vezes, um simples bate papo de leitores se torna um grande evento a depender do ponto de vista. Desse modo, não percam a oportunidade de participar e de conhecer novos autores. Os encontros literários têm muito a nos acrescentar, então que venham muitos outros eventos como este!
Clivia,que legal essa feira ,amo projetos e eventos de incentivo a leitura e é bom saber que no nordeste acontecem feiras como essa.Que felizarda é você por morar perto de livrarias ,sebos e principalmente onde são produzidos eventos como feiras de livros.que bom que encontrou livros de sua área com descontos,concordo que a repetição de títulos de um estande em outro foi um pouco negativo´pois diminuiu a variedade de títulos,gostei da palestra queria poder estar aí e poder também participar,amei as fotos.Beijos!!!!