Título: A Voz do Arqueiro
Autor: Mia Sheridan
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 336
Ano de Publicação: 2015
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Bree Prescott quer deixar para trás seu passado de sofrimentos e precisa de um lugar para recomeçar. Quando chega à pequena Pelion, no estado do Maine, ela se encanta pela cidade e decide ficar.
Logo seu caminho se cruza com o de Archer Hale, um rapaz mudo, de olhos profundos e músculos bem definidos, que se esconde atrás de uma aparência selvagem e parece invisível para todos do lugar. Intrigada pelo jovem, Bree se empenha em romper seu mundo de silêncio para descobrir quem ele é e que mistérios esconde.
Alternando o ponto de vista dos dois personagens, Mia Sheridan fala de um amor que incendeia e transforma vidas. De um lado, a história de uma
mulher presa à lembrança de uma noite terrível. Do outro, a trajetória de
um homem que convive silenciosamente com uma ferida profunda.
Archer pode ser a chave para a libertação de Bree e ela, a mulher que o ajudará a encontrar a própria voz. Juntos, os dois lutam para esquecer as marcas da violência e compreender muito mais do que as palavras poderiam expressar.
Confesso que meu interesse principal por A Voz do Arqueiro foi motivado pela relação da série Signos do Amor com a Astrologia, uma vez que sempre apreciei o assunto. A premissa do enredo também chamou minha atenção, mas, supondo que o livro viesse a ter características potencialmente capazes de não me agradar inteiramente, iniciei a leitura com um misto de curiosidade e receio.
A escrita de Mia Sheridan não demora a envolver, além de permitir uma leitura bastante rápida. Em primeira pessoa, a narrativa intercala os pontos de vista dos protagonistas Archer e Bree, sendo a dessa predominante, e a do outro, alternada entre momentos presentes da história e o passado do personagem.
O enredo, de certa forma, acaba seguindo a fórmula da intensidade, trazendo momentos dramáticos seguidos por outros românticos, além de tórridas cenas sexuais. Essas, principalmente, foram as que mais me desapontaram, confirmando meu receio inicial pela leitura. Não acredito que esse seja um problema do livro em si, mas sim uma característica do gênero a que ele pertence e que, particularmente, não me agrada como leitora. Acabo achando essas cenas, em demasia, desnecessárias, cansativas e desinteressantes, preferindo uma maior abordagem de outros aspectos da trama.
Excetuando-se esse ponto, para mim, um problema meu com o gênero e não com a obra em si, algumas características próprias do livro também resultaram em um menor proveito meu da leitura. Em vários momentos, a escrita da autora me pareceu imatura, o que resultou em eu acabar encontrando problemas em detalhes que, talvez, tivessem passado despercebidos caso eu estivesse encantada com a narrativa. Além disso, acabei achando a construção da história, como um todo, bastante clichê.
Para ser justa, a mensagem desenvolvida por Mia Sheridan é, de fato, bela, positiva e tocante, além das 100 últimas páginas terem me proporcionado uma leitura bastante voraz e com uma apreciação maior por elas do que pelo restante da obra. Acredito que acabei não me emocionando não porque a história não seja emocionante, mas porque eu já havia me distanciado dela o suficiente por conta dos detalhes que me desagradaram e tive uma visão do livro muito mais racional do que o necessário para ter, de fato, me rendido a ele.
Aos amantes do gênero, A Voz do Arqueiro certamente será uma leitura prazerosa, emocionante e intensa, como a obra promete, além de transmitir uma positiva mensagem que transpassa opiniões e preferências individuais – seu maior trunfo, em minha visão. Vale a pena ressaltar, também, que a relação com a Astrologia se dá apenas pelo fato do enredo se basear no mito, nesse caso, de Sagitário, sem haver uma ligação mais direta ou uma característica mais “mística” na história.
Aione, li este livro em inglês e gostei bastante. Fiquei decepcionada com a tradução do nome para o português e imagino que a beleza do texto da Mia deva ter se perdido na tradução da obra toda, porque a narrativa é bonita. Salvo pelas cenas sensuais, sempre repetitivas dentro do gênero, achei original a trama, a peculiaridade do Archer principalmente, e neste aspecto fugiu bastante do que vemos por aí: badboys tatuados, ricos e mega “experientes” na pegação. bj