Título: O Visconde Que Me Amava
Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 304
Ano de Publicação: 2013
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A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será
Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.
Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.
Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.
Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.
Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.
Li O Duque e Eu, primeiro livro da série Os Bridgertons, logo após seu lançamento no Brasil em 2013. Contudo, ainda que a leitura tenha me cativado, só consegui dar continuidade à leitura da série agora, através de O Visconde Que Me Amava.
Uma das características da obra que mais havia chamado minha atenção era a voz de Lady Whistledown, a misteriosa colunista social responsável por manter a sociedade informada de todos os eventos, sempre de maneira irônica e levemente sarcástica. Cada capítulo é iniciado por uma diferente nota da autora secreta e foi impossível não me deliciar e me divertir com suas palavras que, de certa forma, também têm como função apresentar algum conteúdo a ser desenvolvido naquele capítulo.
“E, talvez mais importante, quem decidiu que ‘Smythe-Smith’ e ‘recital’ podem ser usados na mesma frase? Esta autora compareceu a um desses encontros no passado e não ouviu nada que pudesse denominar-se eticamente ‘música’.
Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown, 22 abril de 1814″
página 39
Embora a escrita de Lady Whistledown seja um ótimo atrativo aos leitores, é a narrativa de Julia Quinn a real responsável pelo envolvimento com a história. Foi muito fácil para mim imergir nos acontecimentos e, principalmente, me encantar e me solidarizar com as personagens. Também, a autora reserva um toque de humor tanto para as cenas desenvolvidas quanto para os deliciosos diálogos travados entre as personagens, de forma a fazer da leitura divertida e apaixonante nas doses certas.
Não bastasse sua envolvente escrita, Julia Quinn desenvolveu um enredo totalmente cativante, com todas as fórmulas certas para conquistar os leitores – o que tornou muito fácil para mim compreender o motivo de O visconde que me amava ser o livro favorito de muitos que acompanham a série. Kate é a típica mocinha ao mesmo tempo de personalidade forte e altruísta perante à família, acostumada a estar à sombra da beleza da irmã. Anthony, por sua vez, é o herói apaixonante, capaz de tirar suspiros das leitoras não simplesmente por sua beleza e virilidade, mas sim por seu caráter honrado e gentil, bem como por suas fragilidades.
“Porque aquela centelha – tão evidentemente ausente em relação à irmã dela, com quem ele pretendia se casar – com Kate crepitava e ardia com tanta força que parecia ter o poder de iluminar o cômodo e deixá-lo claro como o dia.
E nada podia assustá-lo mais.”
página 99
Ao mesmo tempo em que o relacionamento entre Kate e Anthony é do tipo “amor e ódio”, capaz de gerar fagulhas, há um sentimento terno que os envolve, principalmente por ambos terem que lidar, de certa forma, com seus próprios demônios. Foi essa ternura a responsável por, definitivamente, me conquistar e me fazer torcer pelo casal. Também, muito me agradou o fato do livro ser bastante brando com relação às cenas eróticas, se comparado a outros do gênero, de forma a realmente focar na história sem se perder em inúmeras descrições do tipo, que muitas vezes beiram o desnecessário.
Ler O visconde que me amava foi uma experiência deliciosa e relaxante, capaz de divertir, entreter e causar suspiros nas leitoras mais apaixonadas. É fácil compreender o sucesso de Julia Quinn e o desejo de prosseguir com a leitura dos demais livros da série.
O visconde que me amava foi um dos mais lindos romances dessa série que li até o momento , nele além de uma fascinante história de amor, temos muitas passagens em que o humor se faz presente de forma cativante e inesquecível…valeu a pena cada página lida,que venham as outras!!!