[Resenha] Óculos, Aparelho e Rock’n'roll - Meg Haston - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
23

maio
2014

[Resenha] Óculos, Aparelho e Rock’n’roll – Meg Haston

Título: Óculos, Aparelho e Rock’n’roll
Autor: Meg Haston
Editora: Intrínseca
Número de Páginas:  288
Ano de Publicação: 2014
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Super-rigorosa e cheia de estilo, Kacey Simon dita as tendências na escola Marquette. Ela anda com as garotas mais bonitas e populares e tem seu próprio programa de TV no canal do colégio, dando conselhos e explicando para seus colegas a verdade nua e crua – quer eles queiram ouvir, quer não.
Mas então uma infecção ocular e uma visita ao dentista deixam Kacey com óculos fundo de garrafa, a boca cheia de metal e… a língua prefa. Rejeitada pelos amigos populares, ela despenca da pirâmide social de forma tão dramática que fica difícil enxergar o topo, mesmo com aquelas duas lentes de aumento no rosto.

Sem ter mais a quem recorrer, Kacey começa a andar com uma vizinha nerd e um garoto que leva a vida num ritmo próprio – na verdade, no ritmo do baterista de sua banda. Ele a quer como sua vocalista, mas ela está decidida a recuperar seu trono. Será que Kacey vai alcançar o topo novamente? Ou vai descobrir que chegar ao fundo do poço meio que é… o máximo? Nesse divertidíssimo romance, Meg Haston conta a história de uma garota malvada que, com um bom par de óculos, passa a enxergar melhor não só as coisas, mas também a vida.

Poderiam um óculos e um aparelho serem a pior desgraça a lhe acontecer? Provavelmente não. A não ser que você tenha 13 anos e seja a figura mais popular de seu colégio, a pessoa que dita as tendências seguidas por todos. Óculos, Aparelho e Rock’n’Roll é a divertida história de Kacey Simon, a popular garota que perde seu “reinado” após começar a usar óculos e aparelho e, por consequência, ficar com a língua presa.
Meg Haston poderia ter escrito um livro sem atrativos ou que se perderia em seu propósito, afinal, a grande tragédia de sua protagonista poderia muito bem ser subestimada pelos leitores. Contudo, é exatamente essa a graça do enredo: observar como pequenos acontecimentos tem um impacto tão grande na vida das personagens, algo que, certamente, me fez pensar em minha própria pré-adolescência e de como minha perspectiva foi sendo modificada ao longo dos anos.
Além disso, é impossível negar sobre a habilidade de escrita da autora. Não apenas a história é extramente fluída e agradável de ser acompanhada como também contém divertidíssimos momentos de humor, inclusive pela transcrição das falas de Kacey com a língua presa. Dessa maneira, foi muito mais fácil imaginá-la falando assim, algo hilário por si só.
Outro ponto positivo foi a construção das personagens. O círculo de amizades de Kacey me despertou um profundo desprezo pela clara condição de interesse que apresentam. Ao mesmo tempo, há uma interessante contradição baseada no fato de a própria protagonista fugir das condições de mocinha idealizada. Kacey, por ser brutalmente sincera, chega a ser cruel em muitos momentos – ainda que não tenha essa consciência – e, assim, pode não ser considerada a melhor amiga do mundo, algo que poderia vir a explicar as atitudes em seu círculo de amizades. De qualquer forma, gostei de como a autor abordou o amadurecimento de Kacey e de como ele se deu durante o enredo.
O único ponto que não me agradou por completo foi o final, provavelmente por não ter se dado da maneira de como eu esperava. Entretanto, esse é o primeiro livro da série How To Rock e acredito que seja bastante provável que o desfecho desejado por mim aconteça no final da série.
A continuação de Óculos, Aparelho e Rock’n’Roll ainda não foi prevista pela editora Intrínseca. O livro, também, ganhou uma adaptação – a série How To Rock – pelo canal Nickelodeon em 2012, mas que só passou a ser transmitida no Brasil em janeiro de 2014. Através da sinopse do seriado, já é possível perceber claras modificações da trama original.
No resumo, a obra de Meg Haston é perfeita como uma leitura rápida, leve e fácil, capaz de proporcionar um divertidíssimo entretenimento, sendo um excelente exemplo de chick-lit infanto-juvenil.




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6 Respostas para "[Resenha] Óculos, Aparelho e Rock’n’roll – Meg Haston"

Edilza - 23, maio 2014 às (12:40)

Um chick-lit juvenil, gostei, rsrsrs!
Esse livro, apesar de parecer clichê, tem uma premissa muito boa, e pelo fato de ser divertido e ter uma narrativa fluida tenho certeza de que vou gostar bastante.
Boa resenha! Abrçs…

Lise - 23, maio 2014 às (17:11)

Pois é, tá lá na estante desde a Bienal e eu estava curiosa, sem saber tanto o que esperar. Fiquei contente de ser gostosinha a leitura. Afinal, adoro leituras sobre a adolescência.
Como não é nada excepcional, vai continuar na estante das leituras futuras, porque tem outros que quero mandar bala esse ano.

Beijos, beijos e mais beijos
(tentando sugar de você o ânimo para voltar a postar regularmente, virar ‘adulta’ tá me fazendo abrir mão da blogosfera, para ter um pouco de descanso)

liliescreve.blogspot.com

Tais - 25, maio 2014 às (10:10)

Oi Aione,

Li esse livro ainda na época do seu lançamento e gostei bastante.
Não sabia que tinha virado série de TV, mesmo sabendo que é difícil vou procurar para assistir e ver como é…rsrs

Bjs
Tais
http://www.leitorafashion.com.br

camila rosa - 26, maio 2014 às (02:57)

Oi, Já ouvi falar muito desse livro, mas nunca consegui me interessar por ele, acho que falta algo e que a leitura não irei me agradar muito, mas quem sabe eu esteja errada não é mesmo, gostei muito de saber a sua opinião.
Beijos!!!

Karolyne K. - 28, maio 2014 às (21:07)

Sempre tem alguém me indicando esse livro mas nunca senti vontade de comprá-lo, de verdade =/ Não sei… talvez mais para frente eu acabe comprando para conferir né.. mas não me chamou a atenção ainda.

Neny - 01, junho 2014 às (11:17)

Eu normalmente não leio infanto juvenis, então o livro em si não chama minha atenção, mas parece um livro bem legal para quem gosta e meninas na adolescencia rs.
Eu também usei aparelho..na época que aparelho não era legal rs, pois ja foi modinha.
Não sabia que tinha até um seriado inspirado no livro, vou procurar para assistir quem sabe eu gosto dai vou atrás do livro, beijos.

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