Gregor e o Código da Garra é o quinto e último volume da série infanto-juvenil de Suzanne Collins, As Crônicas do Subterrâneo. Após o final angustiante de Gregor e as Marcas Secretas, o guerreiro Gregor se depara com seu inevitável destino e com a iminente guerra entre os habitantes do subterrâneo.
Diferentemente dos outros volumes, esse foi o único dos livros dessa série que não consegui fazer uma leitura rápida e, por consequência, que eu não consegui me envolver por completo. Meu pouco tempo para leitura certamente prejudicou meu envolvimento: li poucas páginas por dia – sem contar os dias em que não li absolutamente nada – e, assim, a história foi apresentada a mim aos poucos, sem grande fluidez entre as páginas. Contudo, nada disso tem algo a ver com a escrita de Suzanne Collins ou, então, com o enredo em si desse último volume.
Algo que eu já havia notado nos volumes anteriores se manifestou com ainda mais força e presença em O Código da Garra: Collins não poupa seus leitores. Ainda que essa seja uma série infanto-juvenil e que o universo do Subterrâneo seja completamente fantasioso, a realidade presente na trama é inegável. O cenário político da história é muito bem ilustrado, bem como os horrores presentes em uma guerra. Aliás, a autora aproveitou esse último fato para passar sua mensagem e seus questionamentos sobre a necessidade de conflitos como esse.
Foi interessante, também, acompanhar as reviravoltas presentes na história. Novos fatos e novos “olhares” sobre episódios anteriores foram inseridos nesse livro final e, em grande parte, foram esses os momentos que mais despertaram minha atenção e curiosidade.
Por ser uma série voltada para um público mais jovem, as cenas de ação são bastante frequentes, tendo em vista que geram um clímax no enredo e, na maioria das vezes, conseguem prender com mais eficiência a atenção dos leitores. Por outro lado, são exatamente esses os momentos em que acho mais fácil ter minha própria atenção dispersa. De qualquer maneira, acredito que tais instantes sejam cruciais na história e em momento algum questionei a presença deles no enredo.
O final gerou um sentimento de ambiguidade para mim: por ser ligeiramente aberto, não deixa claro o que realmente aconteceria a partir daquele instante. Por outro lado, gosto dessa perspectiva de incerteza, que tanto se assemelha a nossa própria realidade: nossos próximos passos, na maioria das vezes, são completamente incertos para nós. Ficou apenas a certeza de que nada jamais seria da mesma forma, assim como acontece quando passamos por certos episódios em nossas vidas. Tais momentos operam mudanças irreversíveis em nós, e mesmo que o ambiente ao nosso redor seja o mesmo, nossa maneira de viver nele nunca mais o será.
Inegavelmente, Suzanne Collins soube criar personagens cativantes e interessantes. Foram numerosos aqueles por quem me afeiçoei e que contribuíram para fazer dessa uma série notável em minha opinião e, ao final dela, pude comprovar o quanto cada um deixará saudades.
E como toda série que conquista e chega ao fim, As Crônicas do Subterrâneocertamente terá seu lugar garantido em minhas memórias de leitora, dando vontade, de tempos em tempos, de retornar para esse universo que tanto questionei, antes de conhecê-lo, se conseguiria realmente me agradar. Sem dúvidas será uma leitura que, um dia, gostarei de refazer, e que continuará estando entre minhas indicações aos apreciadores do gênero.
Oi, Mi!
Eu quase tive um treco quando vi o título e a foto, no Face do blog. Porque eu nem sabia que já havia sido lançado. A capa está linda <3
Eu me apaixonei por Gregor e suas aventuras no mundo subterrâneo, pela irmãzinha dele, então, nem se fala. A coisa mais fofa da literatura.
Feliz por ler sua resenha, agora sei que será melhor nas férias.
Quero férias de verdade, aiai. Doce vida.
Beijos, gata :*
Quero muito ler!!! Só falta o 5º à minha coleção. *_*