Título: Por Este Mundo Acima Autor: Patrícia Reis Editora: Leya Número de Páginas: 176 Ano de Publicação: 2012 Skoob:Adicione Compare e Compre:Buscapé
“Um cenário de terrível desastre assola Lisboa. Poderia ser em qualquer outro lugar do mundo. Os escombros passam a ser paisagens, a cidade e as relações humanas transformam-se vertiginosamente. Entre os sobreviventes há um homem, um velho editor. Procurando amigos e amores desaparecidos encontra um manuscrito e um rapaz e, neles, a porta para uma outra dimensão da vida. Por Este Mundo Acima é uma peregrinação futurista e um relato de memória. Consagração dessa melhor forma de amor a que chamamos amizade, é também uma história sobre a importância redentora dos livros. “
Por Este Mundo Acima poderia ser um distópico, se considerarmos uma catástrofe que destruiu Portugal (não há indicações de que ela atingiu outros lugares do mundo) e que, agora, uma pequena população sobrevivente lá mora. Contudo, o propósito do enredo não é apresentar uma nova sociedade nem ao menos utilizar-se de metáforas para fazer as mais diversas críticas sociais e políticas como de costume em livros do gênero. A obra de Patricia Reis tem como objetivo contar uma história sobretudo de amizade, fazendo uso de uma linguagem notoriamente poética.
Inicialmente, somos introduzidos à história pela narrativa em primeira pessoa de Eduardo, um idoso ex-editor literário que sobreviveu ao acidente, como se refere à catástrofe, não explicada em detalhes ao leitor durante a leitura. Eduardo foi o único de seus amigos que sobreviveu e a sensação que tive, nesse início do livro, foi de que ele narra sua história ao leitor em uma tentativa de se prender a ela, já que ela é tudo que lhe resta de seu passado. Eduardo nos conta sua história, a história de seus amigos, faz reflexões sobre suas personalidades, narra os mais diversos acontecimentos. Ainda, fiquei com a impressão de que o protagonista faz uso da narrativa como uma forma de confessar seus “pecados”, assumindo seus erros e defeitos para o leitor.
Embora haja diversos vocábulos portugueses, bem como a narrativa ser um pouco diferente por conta disso, não foi difícil realizar a leitura ou me envolver com ela após passada a estranheza inicial. Outro ponto que estranhei foi o fato de os diálogos não serem iniciados por travessão, mas sim destacados por aspas e itálico, como é hábito de publicações estrangeiras. Até que eu me acostumasse, fazia a leitura desses trechos como se fossem pensamentos.
Por conta da sinopse, esperava que o principal do enredo fosse a amizade surgida entre Eduardo e Pedro após o acidente. Porém, para que possamos compreender a importância desse relacionamento, precisamos conhecer Eduardo e entender tudo o que ele perdeu antes de conhecer seu pequeno amigo.
Após se encontrarem, a narrativa passa a ser em terceira pessoa e foi nesse instante que perdi parte do meu envolvimento com a história. Essa transição é repentina e, aliada a um longo capítulo final, acabou por me fazer terminar a leitura de maneira superficial. Confesso que gostei muito mais de conhecer a vida de Eduardo antes do acidente, ou por achar essa parte mais interessante ou por conta da narrativa. Não tenho problemas com narrativas em terceira pessoa, mas, nesse caso, a narrativa inicial em primeira pessoa me permitiu conhecer Eduardo e criar laços com ele. Ao ser interrompida, houve, também, um afastamento com o personagem.
Por Este Mundo Acima é uma bonita história contada em um livro não convencional, tanto por sua estrutura quanto por sua linguagem. O livro é curto e pode ser lido em poucas horas. Aos que gostam de leituras mais introspectivas, a história certamente agradará.
Que pena que ocorreu esse afastamento por uma decisão do autor mudar seu modo de contar a história. Não foi um livro que me deixou ‘con ganas’ de ler, ainda assim, eu leria e acredito que gostaria.
Eu achei a capa simples e bonita, e retrata algo do livro que eu jamais presumiria com esse título.
Ah, não tinha me interessado pelo livro e a resenha só me mostrou que ele realmente não faz o meu estilo de leitura então, dessa vez, vou passar… Beijos!
Eu até gosto de livros que tenham uma temática futuristica, mais confesso que esse não me chamou muito a atenção. Assim como a Babi ele não faz muito o meu estilo.
Não conhecia o livro e achei o enredo até interessante, mas desanimei quando falou sobre a mudança repentina na narração. Já tive uma experiência parecida em outro livro e também não gostei. Ótima resenha!
Oi Mi, Nunca li um livro que tivesse uma mudança de narração assim, mas acho que isso atrapalharia a minha leitura e eu perderia um pouco o interesse pois me sentiria confusa. O livro não me chamou muito a atenção, mas sua resenha está ótima e bem detalhada. Beijos.
Achei interessante a história, pela sua resenha, mas confesso que a parte do afastamento com o personagem me deixou em dúvidas sobre o livro, se era bom mesmo. Sei que não podemos julgá-los superficialmente, sem nunca tê-lo lido, porém ainda leria, se tivesse a oportunidade. Ótima resenha!
Oi Mi! Esperava algo completamente diferente pela sinopse, ainda estou pensando se leria, não sei se me agradaria a estrutura do texto por exemplo, aí até me acostumar já teria perdido o gosto pela leitura.
Que pena que ocorreu esse afastamento por uma decisão do autor mudar seu modo de contar a história.
Não foi um livro que me deixou ‘con ganas’ de ler, ainda assim, eu leria e acredito que gostaria.
Eu achei a capa simples e bonita, e retrata algo do livro que eu jamais presumiria com esse título.
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