Jack Morgan é dono da Private, a melhor agência de investigações que existe, com escritórios em vários cantos do planeta. É a ele que os homens e as mulheres mais influentes do mundo recorrem quando precisam de total eficiência e máxima discrição. A agência é o único recurso quando a polícia não pode fazer mais nada.
Enquanto Jack e sua equipe investigam o assassinato de 13 garotas, surgem dois outros casos, bem mais pessoais. Fred, tio de Jack, procura-o pedindo ajuda com um escândalo financeiro que pode destruir a liga profissional de futebol americano. E a esposa do melhor amigo de Jack, Andy Cushman, é encontrada morta.
Os três mistérios parecem insolúveis, mas Jack conta com os melhores investigadores e com o que há de mais avançado em tecnologia – recursos que, muitas vezes, não estão à disposição da polícia. Além disso, a agência não responde a instituições oficiais, portanto, nem sempre precisa jogar de acordo com as regras.
Private foi minha estreia na escrita de James Patterson no gênero que o tornou famoso.
É perceptível a naturalidade com que o autor escreve. A narrativa é fluida, bem desenvolvida e rápida, o que, juntamente com os curtos capítulos, contribuem com uma grande velocidade de leitura. Ainda, a construção tanto em primeira quanto em terceira pessoa permitem uma maior amplitude da visualização da história. No primeiro caso, temos acesso aos pensamentos mais íntimos de Jack Morgan, o protagonista, e, dessa maneira, é possível melhor compreendê-lo. Já quando a narrativa se altera para terceira pessoa, a ótica da trama se amplia e podemos conhecer diferentes pontos que a primeira pessoa não permitiria.
Foi interessante, nesse livro, que três distintos casos estivessem sendo investigados ao mesmo tempo. Não só eles divergiam entre si como a abordagem de cada um também foi diferente. No caso do assassinato das colegiais, o leitor acompanha, através da narrativa em terceira pessoa, a visão dos assassinos e, portanto, o interessante aqui não é descobrir quem é o responsável pelos crimes, mas sim como a Private conseguirá solucionar o caso e impedir que outros crimes aconteçam. Já no que diz respeito ao assassinato da esposa do melhor amigo de Jack, o mistério realmente é o de se descobrir quem é o culpado. Por fim, na investigação sobre o escândalo financeiro envolvendo a liga profissional de futebol americano, temos duas possibilidades: a de estar ou não ocorrendo um suborno. Esse último caso foi o que menos despertou minha curiosidade.
James não se ateve em apenas desenvolver os mistérios. Paralelamente, procurou se aprofundar, também, em questões pessoais de seu protagonista, tanto no seu relacionamento familiar quanto sobre os seus traumas originados de seus anos prestados para o serviço militar. Fica mais fácil, dessa maneira, compreender as consequências nele deixadas, influenciando em sua vida profissional e afetiva.
Contudo, apesar de todos os pontos que tudo tinham para contribuir com o livro, eu me decepcionei com ele. Tive a sensação de que foram abordadas muitas coisas ao mesmo tempo e, na verdade, isso não é um problema, James consegue distribuir a atenção sobre cada uma. O problema, para mim, encontrou-se exatamente em sua maior característica: a rápida narrativa. Eram muitas coisas visualizadas muito rapidamente, então não consegui me envolver em nenhum dos casos, nem me afeiçoar a alguma personagem. O livro não é ruim, mas ele não me conquistou a ponto de fazer jus aos inúmeros elogios que vejo sobre os romances policiais de James Patterson. Ele foi mediano, e não me despertou grandes emoções ou atiçou enormemente minha curiosidade.
Talvez eu tenha escolhido o livro errado para começar, afinal, um dos meus favoritos é O Diário de Suzana Para Nicolas, do mesmo autor, e que, apesar de ser de um gênero diferente, tem uma narrativa igualmente rápida, mas que me envolveu e me emocionou de uma forma quase sem igual. Assim, ainda pretendo ler outras obras do autor (particularmente, tenho muita curiosidade pela série Clube das Mulheres Contra o Crime), porém não é por Private, até então, que irei admirá-lo. De qualquer forma, eu recomendo o livro aos admiradores de romances policiais. Ainda que ele não tenha funcionado para mim, pode funcionar para outras pessoas.
Oi Mi*
Gostei muito de sua resenha!
Eu tbm li diário de suzana para nicolas e adorei e agora tbm estou lendo este.
Tbm estou tendo as mesmas impressões que vc, logo que terminar direi o que achei na resenha!
Bjinhs*
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