Título: Noites de Tormenta
Autor: Nicholas Sparks
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 173
Ano de Publicação: 2008
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Da primeira vez que assisti, o filme não me agradou em nada: não vi profundidade na história e, principalmente, achei que a mensagem que estava sendo construída fora totalmente aniquilada com o final, deixando o filme sem propósito. Antes de fazer o post, preferi assistir novamente ao filme para não ser injusta ao analisá-lo, ainda mais que o assisti pela primeira vez há quase três anos. Parte da minha opinião mudou.
Primeiro, sobre a adaptação em si: muitas modificações foram feitas. Aqui, Adrianne não conta para a filha já adulta sua história com Paul, o que assistimos é a história acontecendo em tempo “real”, e não as memórias da protagonista. Além disso, outros fatos da história foram alterados, mesmo que fatos pequenos. Porém, a maior alteração pra mim foi com relação às próprias personagens. Quando Adrianne e Paul se conhecem no livro, este está passando por um processo brusco de mudança em sua vida devido a muitos acontecimentos recentes nela. Embora ainda esteja um pouco perdido, o Paul que Adrianne conhece não é o mesmo Paul que ele afirma um dia ter sido. O primeiro Paul só tinha como prioridade sua auto-realização no trabalho, enquanto que o segundo estava em busca de algo que desse um sentido real a sua vida. No filme, conhecemos o primeiro Paul, o Paul arrogante e nervoso, que é modificado por Adrianne.
Embora tenha preferido a história como se dá no livro, devo admitir que essa foi uma boa adaptação. Há encadeamento lógico dos fatos e é possível acompanhar a evolução e amadurecimento das personagens, o que não fui capaz de perceber na primeira vez que assisti ao filme. Mas o que mais me agradou ao assisti-lo certamente foi a atuação de Richard Gere e Diane Lane, ambos dão um verdadeiro show. Achei incrível acompanhar suas reações e expressões, a capacidade de transmitirem uma sensação sem ao menos dizerem uma fala, apenas por meio de olhares e gestos. O filme vale a pena por eles.
Ainda que a adaptação tenha me agradado mais na segunda vez que a assisti, a ponto de não entender, enquanto a assistia, o porquê de ter me desagradado tanto da primeira vez, o final chegou e fui lembrada de meus motivos para não ter gostado. Sabe o que disse sobre, no livro, haver otimismo por trás da melancolia? Isso não existe no filme, pelo menos para mim. A cena final, ao meu ver, foi uma tentativa de dar um ar de esperança à história, mas a carga de tristeza que paira é muito maior e, por consequência, a mensagem que o livro transmite se esvai. Enquanto o livro te dá a sensação de dar forças para seguir em frente, o filme praticamente te coloca em depressão, se você não estiver em um bom estado de espírito, simplesmente porque aniquila tudo o que construiu ao longo do enredo. Pode ser que outras pessoas tenham encarado a mensagem com algo mais próximo do que o livro trata, mas, para mim, a melancolia é o que reina no filme.
Talvez eu não tenha sido muito clara, mas é impossível me explicar melhor sem fornecer spoilers a vocês. Tomei a liberdade de falar sobre o drama ao final porque, como já mencionei, essa é uma característica do autor, não conheço, ainda, uma história sua sequer que tenha um final 100% feliz.
Apesar dos pesares, não deixo de recomendar o filme. Embora ele tenha me desagradado pelo final, a atuação dos atores compensa e, principalmente, o filme pode agradar a outra pessoa mesmo que não tenha me agradado por completo.
Hoje é o último dia para participar!
Não li nada do Sparks, mas fico curiosa sempre que elogiam o trabalho dele, apesar de não gostar desse romances que nos fazem derreter em lágrimas.
Vou procurar o filme.
Bjs.
ParaísoEmPapel