Título: Anna e o Beijo Francês
Autor: Stephanie Perkins
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 288
Ano de Publicação: 2011
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Anna Oliphant está satisfeita com a vida que leva em Atlanta, Geórgia, onde mora com a mãe e o irmão de 7 anos: tem um emprego em um cinema, uma melhor amiga, Bridgette, e um namoro a começar com Toph, colega de trabalho e garoto por quem ela se sente atraída há um bom tempo. Seu pai, um famoso escritor de Best-sellers, cujas adaptações para o cinema têm rendido uma boa quantia de dinheiro, influenciado pelo atual status social, decide enviá-la para cursar o último ano letivo em Paris, em um internato para americanos – a School of America in Paris, a SOAP – e isso não a agrada nem um pouco.Revoltada por ter sido mandada para um país desconhecido longe de tudo e todos que gostam, Anna chega a Paris se sentindo mal, por ser a garota nova, e intimidada pela cidade. Então ela conhece Meredith, Mer, que a trata super bem e a apresenta ao seu grupo de amigos: Josh, Rashimi e St Clair. Assim, o mal estar de Anna vai passando conforme ela se vê cada vez mais enturmada – e cada vez mais próxima de St Clair, o garoto por quem quase todas as garotas, inclusive Mer, nutrem uma paixão. E é exatamente por isso que Anna não pode se envolver, além da amizade. Principalmente pelo fato de ele já ter uma namorada.“Anna e o Beijo Francês” é ótimo a começar pelo título. Eu adoro jogos de palavras, trocadilhos, frases com duplo sentido. Eu inocente não sabia o que era um “Beijo Francês”, mas a pergunta no verso do livro me instigou e fui procurar. Pra quem, como eu, não sabia, “Beijo Francês” é como é chamado em muitos países aquele beijo de língua, hot, caliente, chamem como quiser. Então o beijo do título não é simplesmente pela história se passar em Paris. #FicaDicaConfesso que, inicialmente, não gostei muito da Anna, mesmo dando risada com seus pensamentos. Sarcástica, reclamando de tudo por estar em Paris. Mas então li a frase do final de um dos primeiros capítulos e a compreendi totalmente. Ela foi obrigada a ir para lá, sem escolha alguma. Tudo o que se torna uma obrigação perde a graça, então por mais insano que pareça reclamar por estar na cidade mais romântica do mundo por 1 ano, é ótimo quando a decisão de ir é sua e não de outra pessoa. Outra pessoa a qual você já tem problemas.De qualquer forma, a leitura é deliciosa desde o início. A escrita de Stephanie Perkins é daquelas que flui, que te prende à história, além de conter um humor sarcástico, mas totalmente leve. Tinham momentos que eu ria sozinha – ainda bem que estava em casa. Não só isso, o romance já começa a aparecer desde o início e é simplesmente ótimo de ser acompanhado! É impossível não sentir as mesmas sensações que a Anna, não sentir aquele frio na barriga quando algo está pra acontecer. A história é carregada de tensão, a atração entre ela e St Clair, o Étienne, é daquelas magnéticas, como a de um imã. É um dos tipos de romance de que mais gosto: fica nos detalhes. A graça está em tudo aquilo que é dito sem palavras, que você, no fundo, sabe, mas prefere não acreditar por não ser nada concreto. É realmente delicioso!Étienne, aliás, me lembrou em muito o Michael de “O Diário da Princesa”, tanto pela descrição física quanto pelo jeito – tirando o fato de que o Michael não é baixinho e que não tem cabelo enrolado. Mas, se eu suspirava pelo Michael, com certeza não deixaria de suspirar por St Clair.A história foca em muitas questões diferentes, além do romance: amizade, família, mudanças, medos. Tudo é muito bem construído e bem longe de clichês, abominados pela autora. Algo que todos puderam perceber é a semelhança entre o pai de Anna e o escritor Nicholas Sparks, que recebe críticas e mais críticas de Stephanie. O mais próximo de clichê que há no livro é a “vilã”, Amanda, a típica garota linda e malvada das escolas americanas.Acho que o tema principal do livro, para mim, é o medo, até mais do que as mudanças. O medo é a reação natural a qualquer mudança e, muitas vezes, é o que retarda os acontecimentos ou a aceitação de algo. Dessa maneira, muda, também, a visão que temos dos fatos. São diversas as situações que Anna interpreta de maneira errada por puro medo; ela prefere se isolar a encarar e resolver, pelo menos em um primeiro instante. Situações que são teoricamente simples de serem resolvidas, mas complicadas por nós mesmos, são recorrentes aqui.E, a parte mais linda, é ver Anna descobrir onde é seu verdadeiro lar. Lembro de algum livro ou filme que continha um quote mais ou menos assim: “Lar é o lugar onde você foi mais feliz”, e não consigo me recordar de onde é, me desculpem por isso (tenho leves suspeitas que seja Harry Potter, mas pode ser que não tenha nada a ver. Até tentei procurar no grande amigo de todos, Google, e não achei). Mas não tive como não lembrar disso enquanto lia. E, claro, não tive como não chorar quando a leitura chegou ao fim. Não sei se é um livro que faz todos chorarem, mas sou chorona e choro principalmente com algo que acho bonito, mais até do que se fosse triste. E eu achei o final lindo, amo uma frase de efeito.Nada do que eu disser aqui fará jus a quão fofo é esse livro e a quanto eu o amei. Comecei a ler ontem de noite e terminei de madrugada, foi impossível parar de ler. Foi um dos melhores livros que li esse ano e com certeza entrou na lista de favoritos.Se eu já era louca para conhecer Paris, a leitura só atiçou a minha vontade. E todas aquelas comidas maravilhosas? Dica: não leia com fome.Não há como “Anna e o Beijo Francês” não mexer com um coração romântico. Foi lançado pela Editora Novo Conceito no Brasil e conta com 288 páginas.A única crítica negativa é o mesmo que todos já disseram: houve uma confusão no momento da tradução e alguns pensamentos de Anna são misturados às falas das personagens, mas isso não atrapalha a leitura.Se eu recomendo? Ainda tem dúvidas?
Ohhh eu resenhei esse livro hoje também 🙂
Eu achei deliciosamente romântico !
Caraca, agora que vc escreveu eu me toquei. Ela meio que critica o Sparks mesmo. Verdade !!!
Bjsss