Título: Uma Canção de Ninar
Autor: Sarah Dessen
Editora: Seguinte
Número de Páginas: 310
Data de Publicação: 2016
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Remy não acredita no amor. Sempre que um cara com quem está saindo se aproxima demais, ela se afasta, antes que fique sério ou ela se machuque. Tanta desilusão não é para menos: ela cresceu assistindo os fracassos dos relacionamentos de sua mãe, que já vai para o quinto casamento. Então como Dexter consegue fazer a garota quebrar esse padrão, se envolvendo pra valer? Ele é tudo que ela odeia: impulsivo, desajeitado e, o pior de tudo, membro de uma banda, como o pai de Remy — que abandonou a família antes do nascimento da filha, deixando para trás apenas uma música de sucesso sobre ela. Remy queria apenas viver um último namoro de verão antes de partir para a faculdade, mas parece estar começando a entender aquele sentimento irracional de que falam as canções de amor.
Sarah Dessen é um dos maiores nomes da literatura YA. Uma canção de ninar foi originalmente publicado em 2002, mas lançado apenas esse ano no Brasil, pela editora Seguinte, que publicou, no ano passado, Os bons segredos, também da autora.
Remy é completamente cética em relação ao amor devido aos inúmeros casamentos fracassados de sua mãe – que está para se casar pela quinta vez – e pela decepção de nunca ter conhecido seu pai, um músico que não fez questão de conhecê-la e que deixou a ela um único legado: uma canção composta logo após o nascimento de Remy, e que se tornou, desde então, um grande sucesso. Em seu último verão antes do início da faculdade, Remy só quer aproveitar as férias sem complicações; contudo, ela conhece Dexter, um músico capaz de contrariar absolutamente todas as suas regras para relacionamentos.
Em primeira pessoa, a narrativa se desenvolve de acordo com a perspectiva de Remy, de forma a trazer para si as características da personagem, como seu ceticismo e sarcasmo. Pelo fato da escrita de Sarah Dessen ser muito fluida, a leitura de Uma canção de ninar é bastante rápida e envolvente, além de agradável e tranquila.
“Talvez em algum lugar houvesse uma reverberação, um salto, uma pequena mudança no universo, quase despercebida. Não senti naquela hora. Senti apenas que ele retribuía o beijo, me levando para a luz do sol enquanto eu me perdia no gosto de sua boca e sentia o mundo seguir seu rumo, como sempre havia feito, à nossa volta.”
página 124
A história em si não traz grandes revelações ou reviravoltas, desenvolvendo-se aos poucos, e em uma linha contínua. Sarah Dessen é conhecida por incluir temáticas familiares em suas obras, e elas estão presentes aqui, sendo uma das principais características da história: conforme a trama se desenvolve, Remy vai conhecendo melhor quem a rodeia, sobretudo sua mãe.
Esse aspecto, inclusive, foi o que mais me agradou em Uma canção de ninar. Logo que o livro se inicia, vemos que a visão de Remy sobre a mãe é bastante negativa, uma vez que ambas são, no quesito “relacionamentos”, completamente opostas. Dessa maneira, a mãe de Remy é vista como fraca, vulnerável e leviana, ao menos inicialmente. Porém, ao passo que a protagonista vai tendo seus próprios conceitos sobre o amor sendo questonados, além de outras situações familiares sendo desenvolvidas, ela vai conhecendo melhor sua mãe e compreendendo o quanto o conceito de “força” é relativo, e gostei da desconstrução trabalhada por Sarah Dessen nesse quesito.
“E tudo se resumia a amor, ou a falta dele. Tudo o que arriscamos, sem saber muito bem, ao nos apaixonarmos ou nos afastarmos e nos fecharmos, protegendo nosso coração com toda a força.”
página 261
Entretanto, acredito que a autora poderia ter se aprofundado mais em algumas das temáticas trazidas ao enredo. Remy e seu irmão têm históricos um tanto quanto conturbados, os quais foram apresentados muito superficialmente. Também, Sarah Dessen faz uma abertura sobre o passado de Dexter, indicando que ele também carrega consigo algumas questões que teriam sido interessantes se exploradas, mas acabaram por ficar em aberto na história. Dessa maneira, a trama de Uma canção de ninar acaba sendo mais rasa, sem se aprofundar em nenhuma questão específica.
Em linhas gerais, essa é uma história leve e agradável de ser lida, que trabalha tanto os aspectos transformadores do amor quanto o fato dele ser encarado de maneira diferente por cada um que o sente. Ainda que eu tenha esperado um pouco mais da história, considerando-se que ela não traz grandes reviravoltas ou aprofundamentos, a leitura de Uma canção de ninar foi proveitosa e agradável, sendo uma boa escolha para distração e relaxamento.
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Oi Aione!
Adorei a resenha! Estou bem curiosa para ler algo dessa autora. Já vi muitas resenhas positivas sobre a escrita dela 🙂