É a primeira vez que resenho um livro de contos, então me desculpem se ela não estiver completa o suficiente.
Através do uso de uma linguagem simples, mas, ao mesmo tempo, bem trabalhada e repleta de figuras de linguagens, A Pedra do Sapato conta com 38 contos que podem ser lidos rapidamente, tanto pela leitura ser agradável quanto pela própria temática abordada permitir tal fluidez.
Na maioria dos contos, as histórias relatam situações do quotidiano, sendo poucos aqueles cujos conteúdos sejam predominantemente reflexivos ou de situações mais fantasiosas, como no caso de Esquecida, no qual a personagem é uma boneca. Independentemente da situação contada, a reflexão comum aos temas é o próprio ser humano e suas fragilidades e imperfeições. Há diversas críticas sociais inclusas em muitos dos contos, mesmo que de maneira sutil, possibilitando uma reflexão a cerca de situações que, como diz a própria sinopse, nos passam despercebidas ou tratadas sem a devida importância.
Há, também, aqueles cuja narradora é a própria Deborah, nos quais ela relata situações ocorridas com ela em um tom mais bem humorado e irônico. Arrisco a dizer que esses estão entre os que mais agradaram. Os de cunho mais reflexivos, que representam mais divagações do que situações em si, também me agradaram bastante, principalmente por serem os pensamentos diretos da própria autora, o que cria uma proximidade maior com o leitor, diferentemente dos contos nos quais há uma situação narrada, já que esses refletem indiretamente os pensamentos de Deborah.
Deborah mantém um blog, o
Memórias da Pedra do Sapato, e nele compartilha seus textos. É uma ótima sugestão para os que tiverem interesse em conhecer o trabalho da autora.
Oie Mi, nunca li nada assim, na verdade nunca me chamaram muita atenção. Agora lendo a sua resenha eu gostei bastante e não me custa nada da uma chance ao livro. Adoro livros bem humorados =D
Beijos flor