[Resenha] Boa sorte, Seraphina — Fernanda Negri - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
24

maio
2022

[Resenha] Boa sorte, Seraphina — Fernanda Negri

Se tem alguém que precisa de um pouquinho de mágica na vida, esse alguém é a Gabi. Sejamos sinceros, ela não pode exatamente reclamar de sua vida, mas não seria nada mal ter um pouquinho
mais de emoção!
O último lugar que Gabriela pensa em encontrar os ingredientes certos para mudar seu destino é o sótão da casa de seus pais, mas a vida é engraçada de vez em quando, né?
Quando ela encontra o livro de receitas para lá de diferente de sua Tia Avó Seraphina, nunca imaginaria que aquele seria o começo de uma nova história. Como num passe de mágica, suas receitas, antes horrorosas, começam a ficar perfeitas. Talvez perfeitas até demais.
Mas quem é ela para julgar, afinal, Gabi precisa de uma ajudinha extra para lidar com o seu novo chefe, cujos olhos escuros e cara de deboche a tiram do sério!

“Boa Sorte, Seraphina” é uma história romanticamente cômica sobre as aventuras da Gabi, uma jovem mãe redescobrindo todo o seu potencial como mulher. Por sorte, ela já aprendeu que o amor é o ingrediente principal.

P.S.: Seraphina ainda acha que o principal ingrediente é o açúcar.

 

Ficha Técnica

Título: Boa sorte, Seraphina
Autor: Fernanda Negri
Editora: Publicação Independente
Número de Páginas: 318
Ano de Publicação: 2021
Skoob: Adicione
Compre: Amazon

 
 
 

Resenha: Boa sorte, Seraphina

Boa sorte, Seraphina é a comédia romântica spin-off de A Velha Gata do Apartamento 34, de Fernanda  Negri. Aqui, temos a história da irmã da protagonista do livro anterior, sendo que ambos podem ser lidos separadamente. 

Gabi não anda com muita sorte. Seu casamento terminou da pior maneira possível e ela precisa manter contato com o ex-marido desligado por causa de Júlia, filha dos dois. As coisas parecem começar a mudar quando Gabi encontra um livro misterioso de receitas: ela, sempre péssima na cozinha, se transforma em uma cozinheira de mão cheia, ao mesmo tempo em que vários segmentos de sua vida subitamente melhoram. Inclusive, ela consegue um emprego como secretária de ninguém menos do que o irritante ex-cunhado de sua irmã.

Em primeira pessoa, Boa sorte, Seraphina entrega a narrativa divertida de Gabi, com quem foi muito fácil me conectar. A personalidade direta da protagonista foi um dos pontos que a tornou cativante, bem como sua realidade como mãe solo. Em grande parte, o livro se baseia no conhecido clichê de CEO e secretária, mas adapta o enredo para a questão da maternidade, o que foi algo que adorei. Além disso, a própria obra chama a atenção para esse clichê, tornando a temática ainda mais divertida.

E não apenas o romance cão e gato é cativante, com conversas espirituosas entre o casal; a trama de Boa sorte, Seraphina também conquista pelo mistério envolvendo a identidade de Seraphina, que funciona como ponto a instigar a leitura e traz um bonito impacto emocional quando desvendado. Ainda, as receitas realizadas por Gabi aparecem em meio à história, sendo um extra bastante atrativo. Algo que me emocionou foi o fato de Fernanda Negri ter incluído em sua Nota de Autora os créditos às mulheres de sua família responsáveis por cada uma das receitas.

Não bastasse a leitura ter me divertido e envolvido, fiquei bastante satisfeita em como a autora abordou o conflito de Gabi sobre a nova relação do ex-marido. Sem deixar de lado os válidos ressentimentos da protagonista, não entrou em um campo de rivalidade feminina, ao mesmo tempo em que respeitou a importância de se levar em consideração, em primeiro lugar, os interesses da criança, apesar de quaisquer mal-entendidos entre os pais em casos de separação.

Em linhas gerais, gostei ainda mais de Boa sorte, Seraphina do que de A Velha Gata do Apartamento 34, que já tinha me divertido horrores, sobretudo pelos conflitos e pelo contexto da protagonista aqui abordados. Embora tenha achado que sua dificuldade emocional tenha sido explorada de maneira muito rápida no fim, a leitura como um todo me agradou, seja pelas risadas proporcionadas, seja por tanto ter me envolvido. Ao finalizá-la, senti a doçura do afeto que transborda das páginas e me deliciei com o epílogo bastante inesperado, proporcionando uma nova perspectiva sobre os acontecimentos para lá de divertida e encantadora.





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Uma resposta para "[Resenha] Boa sorte, Seraphina — Fernanda Negri"

Brunna - 26, maio 2022 às (19:50)

Eu li quando você falou no seu perfil, me apaixonei! Leitura leve e cativante

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