Título: O Mapa Que Me Leva Até Você
Título original: The Map That Leads To You
Autor: J. P. Monninger
Tradução: Andréia Barboza
Editora: Verus
Número de Páginas: 307
Ano de Publicação: 2019
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Um romance de tirar o fôlego sobre amor, perda e planos que, quando menos se espera, valem a pena ser alterados.
Cada vez mais próxima da vida adulta, Heather Mulgrew tem toda a sua trajetória mapeada. Ela planejou uma viagem pela Europa com as amigas depois da formatura na faculdade e então o início da próspera carreira no Bank of America, sempre em direção a uma vida estável em que tudo é muito bem pensado.
Mas todos os caminhos mudam quando, em um trem, Heather conhece Jack, o apaixonante aventureiro que altera o curso da viagem e da vida dela.
Lançando o cuidadoso itinerário de Heather ao vento, eles acompanham o diário do avô de Jack em sua viagem pela Europa após a Segunda Guerra Mundial: Viena, Budapeste, Turquia — lugares exóticos que servem para aproximar os dois ainda mais. Quando o fim da viagem se aproxima, Jack pede a Heather para ficar com ele e continuar viajando, deixando de lado os planos que ela traçou com tanto cuidado. Porém ela o convence a voltarem juntos para os Estados Unidos.
A questão é que Jack tem um segredo que pode mudar tudo. E o mundo de Heather está prestes a ser abalado por completo.
O Mapa Que Me Leva Até Você é viagem de constantes mudanças, uma jornada de redescoberta sobre reanalisar escolhas que muitas vezes você faz por pressão da sociedade. Nele conheceremos um casal que, apesar de terem decidido separados o caminho de suas viagens, irão explorá-la juntos.
Heather é uma mulher organizada e decidida. Ao se formar, decide ir com as amigas em uma viagem dos sonhos pela Europa para só depois assumir seu novo emprego. Uma pessoa preparada como ela jamais espera que o amor apareça no meio de um trem e que lhe persiga durante toda a sua jornada, fazendo com que reavalie muitas das suas decisões.
Jack é um protagonista de espírito livre. Decidido a se aventurar pela Europa seguindo as anotações de seu avô em um diário, ele espera viver intensamente e de forma memorável. Seus dias são assim, trazem nele uma visão de liberdade que é fácil de amar. O problema é que Jack guarda um segredo, um que vai abalar completamente a mulher da sua vida.
Cenários românticos e brigas de casal aliados a uma paixão repentina, avassaladora: é quase um clichê, mas que funciona bem. Foi o que senti ao longo das páginas, aquela ideia que eu já vi em alguns lugares, porém que não chega a ser desagradável, proporcionando uma leitura fluída. Tem muito diálogo, em geral pouca movimentação nos intervalos de um para o outro, o que gera duas coisas: agilidade nas páginas e falta de movimentação, sendo difícil entender quem estava falando ou como estava falando. Algumas vezes isso me incomodava bastante.
Em contrapartida, as descrições de local mesmo, muitas vezes ditas ou pelo pensamento de Heather ou pela voz de Jack, já que ele está com o diário, são ricas, cheias de sons, cores, cheiros. Muitas vezes me vi no lugar, desfrutando de um café, olhando um rio. É como pegar um panfleto sobre coisas para se fazer na cidade e ganhar de bônus um casal apaixonado. Fica até mais interessante ler.
Se eu falar que gostei completamente de como J.P. Monning escreve, estaria mentindo. Tiveram mais coisas que odiei que amei. Uma delas, por exemplo, é comentar referências em excesso, pois nem todo leitor passou pelas mesmas experiências. Criar uma identificação com personagens completamente o oposto de você já é algo bem difícil, agora imagine colocando centenas de títulos literários e frases, diálogos, coisas que fazem sentido apenas para quem realmente leu? Pelo menos no meu caso não funciona.
Entretanto, apesar de não gostar, entendo muito bem o motivo dele ter feito. Se pegarmos uma amizade de longa data como a da Heather, Amy e Constance, utilizar esse tipo de ligação em diálogos torna tudo mais verdadeiro. Certa vez, observei um grupo de amigos de longa data falando sobre como foi o passado deles, dos momentos juntos, e é realmente isso que a obra tenta buscar. Acho que caí muito em questão de gosto.
O Mapa que Me Leva Até Você trabalha com bastante inteligência essa paixão por um desconhecido, em meio a uma viagem na Europa, com um segredo que pode mudar toda a sua maneira de ver a vida. E, se eu pudesse lhe dizer um motivo para comprar e ler, seria envolvendo Jack. Não basta ter apenas um mistério. É preciso que funcione bem, e aqui realmente faz o leitor sentir o coração apertar.
Olá! Eita que a sinopse desse livro já tinha me deixado bem empolgada, e depois dessa resenha a vontade continua, gosto desses enredos cheios de clichês, bem sessão da tarde (inclusive essa capa parece bastante com o cartaz de um filme), espero poder conferi-lo em breve.