Título: Lágrimas de Amor e Café
Autor: Babi A. Sette
Editora: Verus
Número de Páginas: 378
Ano de Publicação: 2019
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Fragilizada pela morte da mãe e a miséria na Itália, Angelina aceita a proposta de um estrangeiro rico que oferece não só casamento, mas também conforto para seu pai e sua irmã caçula.
Decidida a ajudar a família, ela embarca para um país distante tendo como companhia somente a escrita e os romances que ama, já que durante a viagem o marido se revela muito diferente do príncipe que sonhou um dia conhecer. Vincenzo também tem o Brasil como destino e, por uma traição, vê seus sonhos roubados logo que desembarca no novo país. E é na fazenda de um barão do café, onde Angelina é senhora e também vítima do marido cruel, que Vincenzo acaba achando trabalho.
Em meio a encontros e conversas nasce entre ambos uma amizade verdadeira e uma paixão secreta que pode colocar em risco não apenas a vida deles, mas também a segurança de outras pessoas. Vincenzo e Angelina teriam coragem o bastante para esquecer as proibições, passar por cima dos perigos e viver esse grande amor?
Lágrimas de Amor e Café é o quarto livro de Babi A. Sette que leio. O romance, que já é um dos melhores lidos este ano, sem dúvidas se tornou meu favorito da autora.
A italiana Angelina, fragilizada pela morte da mãe e pela difícil situação econômica de seu país, aceitou se casar com Pedro, rico brasileiro dono de fazendas de café, pela possibilidade de conforto oferecida ao seu pai e irmã. Na expectativa de que o matrimônio se transformasse pouco a pouco na história de amor e companheirismo que ela testemunhou os pais viverem, ela se frustra ao se ver presa em um relacionamento abusivo, capaz de destruir todos os seus sonhos. Até que ela conhece Vicenzo, imigrante e trabalhador na fazenda do marido, e suas esperanças começam a renascer da amizade surgida entre eles.
Como em seus demais livros, a narrativa de Babi A. Sette é sensível e poética, capaz de tanto embelezar quanto — e principalmente — tocar quem a lê. Em terceira pessoa, os capítulos se alternam entre as perspectivas de Angelina e Vicenzo, de maneira que conheçamos de igual maneira não só suas trajetórias individuais, mas principalmente seus sonhos e anseios. Sem dúvida alguma, Lágrimas de Amor e Café foi o livro da autora que mais me envolveu, tendo me prendido na leitura desde a primeira página e me fazendo sentir um turbilhão de emoções até o último parágrafo. Porque assim é a história: uma montanha russa emocional. Angelina e Vicenzo sofrem as mais diversas injustiças, de maneira que sentimos, junto deles, todas as crueldades a que são submetidos. Porém, a autora não nos oferece apenas dores; mais do que isso, ela traz a restauração. Os personagens encontram mãos amigas ao longo de suas jornadas que não só os confortam como fazem descobrir em cada um a força para seguir em frente e, dessa maneira, o que Babi nos entrega é uma mensagem repleta de força, amor e sonhos, como em um delicioso conto de fadas.
Eu amei a maneira de como o romance é desenvolvido, principalmente por seu começo sutil, vagaroso e, até mesmo, inocente — há uma pureza no sentimento nascido que dá à história como um todo uma força ainda maior. Com isso, somos levados página a página pelo amor entre o casal e pela torcida para que tenham seu final feliz. Acima de tudo, amei que a aproximação entre ambos se dá pela magia das palavras, uma vez que Angelina é escritora e tem em suas letras um refúgio para as dores que carrega.
Para além do romance, Lágrimas de Amor e Café é também parte da história do Brasil. Os personagens, embora fictícios, representam as condições enfrentadas pelos imigrantes europeus ao chegarem no país e que compuseram tantas das famílias que hoje habitam a nação. A homenagem a eles não se dá somente no enredo desenvolvido, mas também nas epígrafes de cada capítulo, que trazem o registro de diferentes famílias italianas chegadas no início do século passado. Ainda, o contexto histórico também aparece nas diferentes relações comerciais e econômicas descritas ao longo da leitura.
Lágrimas de Amor e Café foi o último livro que li antes de completar 30 anos e finalizei a leitura poucos minutos antes da meia-noite do meu aniversário. Entre lágrimas de gratidão e esperança, senti o amor e a força com que a história me presenteou e considerei a mensagem passada por Babi A. Sette como um sinal daquilo que deveria levar comigo na nova fase simbólica da minha vida.
Aione!
sou grande fã dos livros da Babi, acredito que ela é uma das melhores autoras nacionais que temos.
E ver que nesse livro ela permite ao leitor ter uma montanha russa de emoções, que poderemos saborear a cada página as emoções vividas pelas personagens, já me dá aquela vontade imensa de querer fazer a leitura.
Excepcional!
cheirinhos
Rudy