Há pouco tempo, li Sobre A Escrita, obra de não-ficção de Stephen King que reúne suas memórias aos seus aprendizados como escritor ao longo da vida.
Além da leitura ser uma delícia, ela me proporcionou orientações valiosas sobre a arte da escrita. Fiz algumas anotações conforme lia para não me esquecer dos pontos mais relevantes e resolvi compartilhá-las com vocês!
Vale lembrar que, enquanto algumas são citações diretas do livro publicado pela Suma de Letras, outras trazem as informações bem resumidas, para funcionar como lembretes do que é explicado com mais detalhes na obra. Assim, não deixe de fazer a leitura para aproveitá-la com mais profundidade e também para selecionar o que é mais relevante para você. Esse é meu compilado pessoal e não necessariamente representa tudo o que o livro traz, ok?
1) Ao longo da carreira, você vai ouvir que está desperdiçando talento com um gênero ruim. Não se envergonhe do que você escreve.
“Pratique a arte sem se esquecer de que seu trabalho é dizer o que vê, e depois seguir em frente com a história.”
pág. 155
2) Primeiro, escreva para você, até descobrir a história que deseja contar. Depois, revise e reescreva para contar a história como ela deve ser contada.
“Parar uma história só porque ela é emocional ou criativamente custosa é uma péssima ideia. Às vezes é preciso perseverar, mesmo quando não se tem vontade, e às vezes você está fazendo um bom trabalho mesmo quando parecer estar sentado escavando merda.”
pág. 74
3) A escrita não deve acontecer apenas em momentos de inspiração. Escrever é um trabalho pensado, que requer esforço e dedicação.
“O medo é a raiz de toda má escrita.”
pág. 113
4) Seja claro e objetivo, priorizando sempre a simplicidade.
“O simbolismo existe para adornar e enriquecer, não para criar uma sensação de profundidade artificial. Nenhum dos adornos estilísticos tem a ver com a história, está bem? Apenas a história tem a ver com a história.”
pág. 171
5) Prefira usar a Voz Ativa nas frases, evite advérbios e divida sentenças muito longas em menores.
“A boa escrita costuma vir ao deixarmos o medo e a afetação de lado. A própria afetação, que começa com a necessidade de definir certos tipos de escrita como ‘bons’ e outros como ‘ruins’, é um reflexo do medo. A boa escrita também vem de fazer boas escolhas na hora de separar as ferramentas com que você deseja trabalhar.”
pág. 113
6) Escreva a verdade. Escreva com verdade.
“O objetivo da ficção não é a correção gramatical, mas fazer o leitor se sentir à vontade e, depois, contar uma história… Fazer com que ele esqueça, sempre que possível, que está lendo uma história. […] Escrever é seduzir.”
pág. 118
Aione!
Tenho esse livro aqui na fila para leitura, mas anda difícil de encaixá-lho, embora seja uma leitura mais que necesária para quem tem aspirações em ser escritor.
Gostei dos detalhes que exaltou.
Valeu as dicas.
cheirinhos
Rudy