[Resenha] O Sol da Meia-Noite — Jo Nesbø - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
06

nov
2018

[Resenha] O Sol da Meia-Noite — Jo Nesbø

Título: O Sol da Meia-Noite
Título original: Mere Blod
Autor: Jo Nesbø
Tradução: Christian Schwartz e Liliana Negrello
Editora: Record
Número de Páginas: 224
Data de Publicação: 2018
Skoob: Adicione
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Jon Hansen está com os dias contados. E precisa fugir. Ele traiu a confiança de seu ex-chefe, o traficante mais poderoso de Oslo, que quer vê-lo morto. Uma dívida de sangue depois de um trabalho malfeito, ou, mais precisamente, não feito.
Agora Jon, ou melhor, Ulf precisa se esconder. E é em um pequeno condado no extremo norte da Noruega que ele encontra refúgio. Em meio à comunidade local, ele se sente relativamente seguro e incrivelmente atraído por uma viúva cujo filho conquistou seu coração. Seus improváveis aliados o abrigam em uma cabana de caça na floresta. A companhia deles desperta no fugitivo algo que ele pensava que estivesse morto havia muito tempo… mas os dias intermináveis sob o sol da meia-noite, a solidão, a paisagem plana, monótona e desoladora vão, aos poucos, levando embora o que lhe resta de sanidade. Até o dia em que recebe a temida notícia de que os homens de seu caçador estão a caminho.

O Sol da Meia-Noite é o segundo livro da série Sangue na Neve de Jo Nesbø, que reúne duas novelas cujas histórias não são conectadas entre si: ambas trazem protagonistas envolvidos com a vida criminosa,  mas com personalidades que fazem com que destoem do esperado de personagens em suas posições.

Aqui conhecemos a história de Jon, que precisa se refugiar após trair a confiança de seu ex-chefe, traficante mais poderoso de Oslo. Enquanto se esconde em uma cabana remota e faz amizades improváveis, a tranquilidade dos dias começa a incomodá-lo — até descobrir que os homens de seu inimigo estão a caminho para matá-lo.

Como em Sangue Na Neve, o que mais chamou minha atenção em O Sol da Meia-Noite foi a sensibilidade narrativa de Jo Nesbø. Embora a história seja um thriller e seu contexto seja o da violência — como no primeiro livro —, há um aprofundamento na intimidade emocional do protagonista, que acaba sendo retratado de maneira mais sensível. Outros aspectos de sua personalidade são revelados através da narrativa em primeira pessoa, fazendo um contraste com sua atuação no mundo do crime.

Ainda, por se tratar de uma história mais curta, o enredo não se desenvolve com a complexidade típica da série Harry Hole do autor, fazendo com que a trama seja relativamente mais simples e, também, sem tantos altos e baixos. Dessa maneira, a leitura é mais rápida, mas também menos impactante.

Na realidade, O Sol da Meia-Noite acabou ficando um pouco arrastado para mim a partir de determinado ponto da leitura. Com o personagem enfrenta um período de tédio, a sensação pode ter sido intencional. De qualquer maneira, não me senti tão conectada com a leitura como normalmente me sinto com as obras do autor.

Em linhas gerais, a duologia Sangue na Neve se diferencia da série Harry Hole não apenas pelas tramas menos complexas de cada um dos livros, mas também pela abordagem narrativa mais sensível e subjetiva, especialmente porque, aqui, as narrativas se dão em primeira pessoa. São leituras mais rápidas, mas que ainda assim demonstram a habilidade do autor em desenvolver personagens complexas e cativantes.





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4 Respostas para "[Resenha] O Sol da Meia-Noite — Jo Nesbø"

Angela Cunha - 07, novembro 2018 às (07:04)

Jo é fantástico e Sangue na Neve, idem!!!Acabei tendo contato com as letras do autor neste primeiro livro e mesmo sem ter lido este trabalho dele, percebi pelo que li acima que é realmente o jeito dele tecer um enredo de suspense, com mortes cruéis e cenários muito densos, misturando tudo isso a um drama particular dos personagens, que faz toda a diferença em seus livros!
Com certeza, este livro vai para a lista de desejados e espero ter e ler a obra em breve!
Beijo

Anna Mendes - 07, novembro 2018 às (13:32)

Oi Aione! Adorei a resenha!! <3
No mês passado eu li Boneco de Neve e adorei a leitura! Foi o meu primeiro contato com um livro do autor. Senti medo e fiquei envolvida do início ao fim. Foi uma leitura completamente diferente de tudo o que eu já fiz.
E agora estou muito curiosa para ler os outros livros da série Harry Hole e da duologia que você apresentou na resenha! Achei muito bonita a capa de O Sol da Meia Noite e gostei da premissa! 🙂
Bjos!

Vitória Pantielly - 14, novembro 2018 às (21:06)

Oi Aione,
Então, o que me incomoda um pouco nos enredos do Jo Nesbo é essa monotonia que em determinado momento aparece, TODOS que li eram assim, e isso, infelizmente, deixa o livro cansativo…
A história em si é boa, gosto de clima todo de perigo que o protagonista vive, sempre com medo, mas acho que poderia ser um pouquinho mais eletrizante por se tratar de um livro policial.
Enfim, eu sempre leio as obras do autor quando tenho oportunidade.
Beijos

Ana I. J. Mercury - 29, novembro 2018 às (20:15)

Quero muito ler algum livro do autor, mas esse parece deixar muito à desejar.
Parece ter sido mal escrito, assim, sem desenvolvimento.
Não vou querer ler não! kkkkkk
Vou comprar logo Sangue na neve! kkk
bjs

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