Título: O caderninho de desafios de Dash e Lily
Autor: David Levithan e Rachel Cohn
Editora: Galera Record
Número de Páginas: 256
Ano de Publicação: 2016
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O novo livro de David Levithan e Rachel Cohn que juntos escreveram Nick e Nora Uma noite de amor e música acompanha a dupla Lily e Dash. Ela está doida pra se apaixonar e, pra encontrar o par perfeito, decide criar um caderninho cheio de tarefas e deixá-lo na livraria mais caótica de Manhattan. Quem encontra o moleskine é Dash, e os dois começam a se corresponder e trocar sonhos, desafios e desejos no caderninho, que vai se perdendo nos mais diversos lugares de Nova York.
Há muitos anos, li uma resenha de uma blogueira que havia lido O caderninho de desafios de Dash e Lily em inglês e fiquei maluca pela leitura do livro. Sendo assim, ver o anúncio de que a Galera Record o publicaria por aqui esse ano me encheu de alegria e expectativas. Esse é o terceiro livro escrito em co-parceria entre David Levithan e Rachel Cohn, e o segundo dentre eles que leio. Apesar de ter me decepcionado com Naomy & Ely e a lista do não beijo, nesse pude desfrutar de uma história envolvente e que oscila entre seus momentos de leveza e profundidade.
Dash é filho de pais separados e não se dá bem com seu pai. Ao mentir para os pais, dizendo para sua mãe que passaria o Natal com seu pai e vice-versa, consegue ficar sozinho em sua casa em Nova York durante as festividades de final de ano – odiadas por ele, aliás. Ao entrar em uma livraria, acaba descobrindo um caderninho que contem instruções para um desafio, o qual consiste em testar aqueles que o aceitarem a fim de selecioná-los para conversar com uma garota desconhecida, chamada Lilly. Lilly, por sua vez, ama o Natal e está chateada por ser o primeiro que passará sem seus pais, que saíram em uma espécie de lua de mel para comemorar os seus 25 anos de casados. O desafio no caderno foi criado por seu irmão, e ela jamais acreditou que alguém realmente o aceitaria – e muito menos que a pessoa continuaria o jogo, criando novos desafios. Dessa maneira, os dois passam a conversar por meio do caderno, sem saberem, de verdade, quem é o outro com quem estão conversando.
Embora tenha sido escrito a quatro mãos, a narrativa é tão uniforme que não pude diferenciar as partes escritas por David Levithan das escritas por Rachel Cohn. A escrita de ambos é convidativa e cativante, de forma a rapidamente mergulharmos na história e mal percebemos a leitura avançar. Ainda, os autores preencheram as narrativas com doses consideráveis de ironia, que dão um toque agridoce à leitura, tanto por garantirem momentos bastante divertidos quanto suavemente melancólicos – características essas dos próprios personagens, cujas vozes em primeira pessoa são alternadas ao longo dos capítulos.
Ao mesmo tempo em que Dash e Lily são opostos – ele odeia o Natal, ela ama; ele é bastante sarcástico, ela, doce; ele tem problemas com sua família, já ela é muito ligada a eles -, ambos são muito parecidos, e não me refiro aqui apenas aos seus gostos literários. Como todo adolescente, os dois estão em busca de algo que, de certa forma, os complete, por terem um vazio dentro de si. Dash tem dificuldade em acreditar, em ter fé, e encontrar Lily – a garota que parece se aproximar do seu ideal e alguém com quem ele se identifica sem nem ao menos ter encontrado – parece lhe dar um pouco de esperança. Lily, por sua vez, precisa descobrir quem ela realmente é, se enxergar além dos seus estigmas pelos quais ela se define. E é Dash quem parece ajudá-la nesse sentido, já que os desafios a incentivam a ir além, a ser além. No fundo, o encontro entre eles acaba sendo mais do que um encontro entre dois jovens, e passa a ser um encontro de duas pessoas consigo próprias
Exatamente por essas temáticas que o livro ganha seus ares reflexivos. São muitos os momentos extremamente verdadeiros entre Dash e Lily, nos quais, ao escreverem no caderninho, revelam suas almas, fazendo com que diversas reflexões sejam despertadas – sobre eles e sobre nós. Há sensibilidade nesses momentos, e há, também, sinceridade. Apesar disso, o livro não pode ser considerado como introspectivo ou mesmo denso. Não, seu ar leve e divertido permanece em toda leitura, fazendo com que ela não perca suas características de um bom YA.
No resumo, amei a leitura de O caderninho de desafios de Dash e Lily. Pude aproveitar os momentos mais reflexivos do livro e, acima de tudo, me diverti e pude me entreter com ele: as personagens, tanto as principais quanto as secundárias, são cativantes; a história foge do comum; o romance é fofo; a narrativa é agradável. Vale lembrar, ainda, que como os demais livros dos autores, esse se passa em Nova York, e a presença da cidade é bastante importante e considerável na história. Sem dúvidas, mais um YA que recomendo aos que apreciam o gênero!
Oi linda <3
Estou lendo este livro e estou adorando. Assim como vc há anos atrás vi uma blogueira que leu em inglês falando super bem e me encantei, sabia que precisava lê-lo um dia. Até tentei ler em ingles, mas quem disse??? hihihi
Ainda não terminei, mas a historia é sim fofa, descontraída e nos faz refletir.
Estou amando. ^^
Beijo,
May – http://mayeosvicios.blogspot.com.br/