Título: À Procura de Audrey
Autor: Sophie Kinsella
Editora: Galera Record
Número de Páginas: 336
Ano de Publicação: 2015
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Audrey, 14 anos, leva uma vida relativamente comum, até que começa a sofrer bullying na escola. Aos poucos, a menina perde completamente a vontade de estudar e conhecer novas pessoas. Sem coragem de sair de casa e escondida por um par de óculos escuros, a luz parece ter mesmo sumido de sua vida. Até que ela encontra Linus e aprende uma valiosa lição: mesmo perdida, uma pessoa pode encontrar o amor.
Quem me conhece, sabe que não meço elogios quando o assunto é Sophie Kinsella – sou completamente fã da autora e, para mim, ela é a melhor e maior representante do gênero chick-lit. Assim, quando foi feito o anúncio de Finding Audrey, primeiro Young Adult da autora, já passei a contar os segundos para seu lançamento no Brasil. Finalmente, a Galera Record o publicou esse mês sob o título À Procura de Audrey, mantendo a capa original.
Antes de mais nada, um pequeno esclarecimento, já que os termos costumam gerar confusão: o fato do livro ser um YA não o tira da categoria chick-lit – YA se refere à fase da vida dos personagens e ao público alvo da história, sendo completamente possível manter, também, as demais características dos chick-lits. Aos que tiverem interesse, deixo aqui o vídeo em que falo um pouco mais sobre esses gêneros.
“- Olhe, é a celebridade! – ironiza o pai de Ollie, Rob, que vem me chamando de ‘a celebridade’ pelas últimas quatro semanas, embora tanto mamãe quanto papai, em ocasiões diferentes, tenham lhe pedido para parar. Ele acha que é engraçado e que meus pais não têm senso de humor (noto, com frequência, que as pessoas equiparam ‘ter senso de humor’ a ‘ser um idiota insensível’).
página 10
Em À Procura de Audrey, a história, como tipicamente ocorre em livros de Kinsella, é narrada em primeira pessoa pela protagonista, Audrey, uma garota de 14 anos que sofre de transtornos de ansiedade e de episódios de depressão desde que viveu uma situação traumática na escola, há alguns meses. Por conta disso, passou um tempo internada em um hospital e, desde então, vive em casa, recebendo algumas atividades da escola, até que o novo ano letivo seja reiniciado, em Setembro. Não apenas ela terá que frequentar um novo colégio, como também repetirá de ano, já que perdeu muitas aulas. De qualquer maneira, o período de tempo abrangido na história é o da fase de recuperação de Audrey em sua própria casa.
Embora seja uma temática delicada e, de certa forma, bastante pesada, Sophie Kinsella aborda a questão com maestria e com o divertimento típico de suas histórias. O livro conta com diversas passagens engraçadas não apenas pelos fatos em si, mas pela maneira como são contados. Além disso, a própria família extremamente caótica de Audrey já oferece o cenário perfeito para muita diversão, sendo também extremamente cativante, como a própria protagonista. O grande trunfo da autora, para mim, foi conseguir fazer essa mescla: a diversão quebra o peso da história e proporciona leveza a ela, contudo, não retira a seriedade dos assuntos abordados, e nem a dificuldade sentida por Audrey em seu tratamento, ou a maneira de como isso afeta toda a sua família. Ao mesmo tempo em que À Procura de Audrey é hilário, é também extremamente sensível.
“Episódios. Como se a depressão fosse um seriado de comédia, sempre com uma tirada hilária. Ou uma série de TV cheia de suspense e finais abertos. O único suspense em minha vida é ‘será que um dia vou conseguir me livrar dessa merda?’, e, pode acreditar, fica bem monótono.”
página 30
O único ponto que, para mim, deixou a desejar foi a não revelação do episódio traumático vivido por Audrey, que originou seus transtornos. Passei o livro curiosa, uma vez que a personagem faz certo “mistério” sobre eles, porém eles não são revelados. Ainda assim, isso é coerente com a história, considerando-se que Audrey evita assuntos que possam vir a lhe fazer mal, da mesma forma em que sua perspectiva de tratamento é o presente, não o passado ou o futuro.
De modo geral, À Procura de Audrey foi uma leitura não só extremamente prazerosa como também tratou com delicadeza a temática por ele abordada. O livro oferece diversão, um romance fofo – mesmo que não como centro do enredo – e, ao mesmo tempo, chama a atenção para problemas como o bullyng e as doenças de fundo psicológico. Sophie Kinsella foi, novamente, muito bem sucedida em seu trabalho e eu não esperava nada menos dela.
Eu nunca li nada da Sophie, mas vejo o quanto você ama ela, e acredito que ela seja realmente boa, estou vendo muita gente falando sobre o lançamento desse livro, acredito que vai ser um sucesso, o únivo livro dela que tenho muita vontade de ler é fiquei com seu numero, mas o tamanho dele me assusta e as folhas são brancas ai dificulta ainda mais
Mil beijocas
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