Título: Bangalô 2, Hotel Beverly Hills
Autor: Danielle Steel
Editora: Record
Número de Páginas: 352
Ano de Publicação: 2015
Skoob: Adicione
Compare e Compre: Amazon ♦ Cultura ♦ Saraiva
O agente literário de Tanya Harris liga com uma notícia bombástica: um famoso produtor de cinema quer que ela escreva o roteiro de seu próximo filme. E mais: a proposta inclui trabalhar hospedada no exuberante Bangalô 2 do Hotel Beverly Hills. De uma hora para outra Tanya precisa escolher se vai continuar com a rotina perfeita de escritora freelancer, dona de casa, esposa dedicada e mãe de família em São Francisco, ou se vai aceitar o convite e passar vários meses em Los Angeles, longe do marido e dos filhos, desestruturando a vida familiar para realizar um antigo sonho. Relutante e dividida, Tanya acaba aceitando o desafio. Mas será que tomou a decisão certa? Ao chegar a Hollywood, Tanya é envolvida por um mundo novo e intoxicante, e mergulha em um trabalho que exige mais dela do que poderia imaginar. Inevitavelmente, vai se afastando da família, que começa, aos poucos, a se desintegrar, e seu sonho se transforma em seu pior pesadelo. Será que Tanya conseguirá conciliar a vida pessoal e a profissional em meio a tantas demandas opostas? Ou uma reviravolta do destino vai garantir para sua vida uma cena final inesperada e digna de um filme vencedor do Oscar? Uma trama emocionante com um desfecho surpreendente!
Por nunca ter lido nada de Danielle Steel, fiquei curiosa pela leitura de Bangalô 2, Hotel Beverly Hills, uma vez que vi nela minha oportunidade de conhecer o trabalho da autora, um dos grandes nomes dentre os escritores de romances.
Em terceira pessoa, a narrativa se desenvolve trazendo a visão da protagonista Tanya, escritora e dona de casa completamente feliz e satisfeita com sua própria vida. Desde o início fica nítida a característica da escrita empregada na obra: embora fluida e rapidamente envolvente, é também bastante simples, desprovida de grandes recursos estéticos e literários – um dos motivos que colaboram com a facilidade da leitura.
Também, notei que a história é predominantemente contada ao leitor, o que resulta em muitos momentos serem simplesmente informados, ao invés de vivenciados juntamente das personagens. Isso, aliado à ausência de um maior aprofundamento na descrição de emoções e pensamentos, contribuiu tanto para a rapidez da leitura quanto, infelizmente, para a sensação de superficialidade tida por mim no decorrer das páginas.
Além das características da escrita propriamente ditas não terem me causado algum tipo de encantamento – ainda que eu também não tenha achado a narrativa desagradável, simplesmente fui indiferente a ela -, algo que muito me incomodou foi o próprio desenrolar do enredo. Esperei por uma leve e bonita história de amor, mas o que encontrei foi algo completamente oposto aos valores que, para mim, contribuiriam com a imagem previamente imaginada. Entendo que minha expectativa tenha causado uma possível frustração, mas, quanto mais eu lia, menos sentido eu encontrava no enredo e na intenção da história, por mais que as situações enfrentadas por Tanya sejam mais do que corriqueiras.
Acredito que meu maior questionamento tenha se centrado em Paul, marido da protagonista. Simplesmente não consigo enxergar coerência no personagem; suas atitudes, para mim, não condizem em nada com as suas descrições e ações iniciais, e com a história prévia do casal, suas ações me soram tão contrárias entre si e ao seu histórico que eu o enxerguei como duas pessoas diferentes.
Considerando-se todos os pontos a que fui contrária durante a leitura, não foi possível ter uma avaliação final positiva do livro. Mesmo compreendendo que, provavelmente, a intenção da autora era a de trabalhar questões como a superação de obstáculos e as atitudes tidas perante a eles, a mensagem para mim se perdeu simplesmente por eu não concordar com os desdobramentos, considerando-se a forma de como a história se inicia, e por, também, eu não ter sido convencida pelo final. Talvez, se o mesmo enredo fosse narrado a partir de um recorte diferente no tempo, sendo iniciado onde se localiza aproximadamente a metade do livro, e houvesse um maior aprofundamento tanto nas emoções da personagem quanto nos acontecimentos das últimas cenas, minha percepção fosse diferente. De qualquer maneira, meu interesse por ler outras obras da autora permanece, principalmente para poder afastar essa primeira impressão negativa que infelizmente Bangalô 2, Hotel Beverly Hills me causou.
Oi Aoine…
O livro tem tudo para agradar, mas se ele não te encantou tanto, e não fez tanto sentido, desanima um pouco. Mas acho que só lendo para saber né.
Quem sabe você lendo outras obras da autora.
livrosvamosdevoralos.blogspot.com.br