[Resenha] Primeiro Amor - James Patterson & Emily Raymond - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
29

jul
2014

[Resenha] Primeiro Amor – James Patterson & Emily Raymond

Título: Primeiro Amor
Autor: James Patterson; Emily Raymond
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas:  240
Ano de Publicação: 2014
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Compare e Compre: Buscapé

“Axi Moore é uma garota certinha, estudiosa, bem comportada e boa filha. Mas o que ela mais quer é fugir de tudo isso e deixar para trás as lembranças tristes de um lar despedaçado. A única pessoa em quem ela pode confiar é seu melhor amigo, Robinson. Ele é também o grande amor de sua vida, só que ainda não sabe disso. Quando Axi convida Robinson para fazer uma viagem pelo país, está quebrando as regras pela primeira vez. Uma jornada que parecia prometer apenas diversão e cumplicidade aos poucos transforma a vida dos dois jovens para sempre. De aventureiros, eles se tornam fugitivos. De amigos, se tornam namorados. Cada um deles, em silêncio, sabe que sua primeira viagem pode ser também a última, e Axi precisa aceitar que de certas coisas, como do destino, não há como fugir. Comovente e baseado na própria vida do autor, este livro mostra que, por mais puro e inocente que seja, o primeiro amor pode mudar o resto de nossas vidas.”

James Patterson é conhecido principalmente por seus thrillers, tendo também uma importante participação na literatura infanto-juvenil. Primeiro Amor, contudo, escrito em parceria com Emily Raymond, é um de seus cinco romances, sendo uma homenagem ao seu primeiro amor, Jane Blanchard, segundo a própria dedicatória do autor no início do livro.
Os capítulos, curtos, são típicos de Patterson, e, aliados a uma narrativa bem estruturada, imprimem uma notória velocidade à leitura. O romantismo, também, faz-se presente tanto pela premissa da história, que envolve dois jovens amigos desafiando as consequências de partirem em uma road trip “ilegal”, quanto pela própria escrita dos autores, capaz de criar trechos cheios de sentimentos. Também, o humor presente nos diálogos entre os protagonistas foi certamente um ponto bastante positivo durante a leitura.

 

“- Bem, Axi (…) todo caminho tem uma pedra, sabe? Não dá pra ter o bônus sem o ônus. Você não pode fazer uma omelete sem quebrar alguns ovos. E quem quer viver em um mundo sem omeletes? Além da galinhas, claro. Quer dizer, tenho certeza de que elas adorariam. Ficariam em êxtase, na verdade.
– Robinson, você está descontrolado – afirmei.”

página 81

 

A ideia da road trip, ainda que positiva por criar no leitor a expectativa sobre o que os personagens terão que enfrentar, acabou sendo, em minha experiência particular, algo negativo, não pela viagem em si, mas pela ausência de impunidade nos atos de Axi e Robinson. Pela maneira de como os fatos foram desenvolvidos, ficou a impressão de que é muito fácil para dois adolescentes menores de idade roubarem quantos carros forem necessários e não sofrerem consequência alguma sobre isso. Inclusive, os poucos momentos em que houve a sugestão de serem pegos, tudo foi rapidamente transposto e nada demais aconteceu.
Deve-se levar em conta, entretanto, que o intuito do enredo é falar sobre o encantamento e as desobertas do primeiro amor nessa fase da vida e, portanto, seu foco está na história de amor, não na adrenalina ou na aventura em si.

 

“Eu estava praticamente desnorteada. Então essa é a sensação de ficar intoxicada. Mas não era da bebida.
Estou aqui para dizer que o moonshine não chega nem perto do amor – e do desejo.”

página 162

 

Outra questão foi a previsibilidade dos segredos de Axi e Robinson. Ainda que eu não tenha adivinhado os detalhes de suas histórias passadas e, assim, do rumo do enredo, foi fácil saber como ele seria desenrolado por conta do próprio agradecimento do autor no início logo nas primeiras páginas. Então, fica minha sugestão: leia a dedicatória apenas após finalizar a leitura.
De modo geral, Primeiro Amor é um livro agradável e rápido com potencial de emocionar o leitor, se devidamente envolvido com o enredo. No meu caso, ainda que tenha gostado, não consegui me envolver como o esperado e, assim, o resultado final foi uma leitura mediana, incapaz de me emocionar por ter sido um tanto quanto previsível. Além disso, senti que as personagens também não conseguiram me cativar a ponto de eu criar um vínculo com elas – mais um motivo para não ter me sensibilizado com a história como um todo. De qualquer maneira, o livro se faz belo não simplesmente por si só, mas principalmente por ser baseado na própria juventude do autor e configurar como uma homenagem a alguém tão importante para ele. Os que conseguirem um maior envolvimento com a obra, certamente a aproveitarão muito mais do que fui capaz.




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12 Respostas para "[Resenha] Primeiro Amor – James Patterson & Emily Raymond"

Edilza - 29, julho 2014 às (12:21)

Oi, Mi!
Eu pensava que ia ser um livro clichê bem bem chato, mas essa ideia da fuga do casal devter dado um bom enredo, apesar de alguns defeitos.
Amei a resenha!
Só uma pergunta: o livro é para maiores de idade?
Bjs <3

Aione Simões - 29, julho 2014 às (13:00)

Oi Edilza!
Fique tranquila, o livro é Young Adult, nada impróprio 😉
Beijos!

tagila gomes - 29, julho 2014 às (12:49)

oi Aione só li livros do James como Thriller policial , mas já tinha visto livros dele na parte de romance eu tenho um certo pé atras com livros adolescentes (mesmo ainda sendo uma ) porque os livros em si só se baseiam na parte romântica e se esquecem das consequência dos atos mas nada impede de aproveitar a leitura
beijos

FABRINE - 29, julho 2014 às (15:18)

Nunca li nada do autor.
Achei a capa bem bonitinha. A história parece ser bem leve e rápida de ser lida. Acho que vou dar uma chance ao livro.
Beijos

Michele Lopez - 29, julho 2014 às (16:11)

Oie…
Gosto bastante de livros do gênero e fiquei encantada com a trama deste livro.
Estou super curiosa para saber por quais aventuras o casal irá passar e como irá terminar essa viagem.
Outro ponto que me chamou a atenção é que o livro é baseado na vida do autor, o que me fez querer ler ainda mais!!

Neny - 29, julho 2014 às (18:57)

Eu imaginava outro tipo de enredo e ser bem previsivel, mas pelo jeito me enganei.
Uma pena o livro não ter te agradado, mas como lemos muito é impossivel gostar de tudo não é.
Realmente um livro que dois jovens cometem crimes e não são punidos deixa a desejar pois adolescentes leem e não é legal isso, acho que não vou ler, não me agradou.
beijos.

Diane Ramos - 29, julho 2014 às (19:05)

Adorei sua resenha S2…
O livro parece ser uma leitura bem light , sempre é bom ter um livro desses na estante , pois quando terminamos uma leitura mais densa aí chega a hora de um livro assim.
Estou adorando os livros da “novo conceito” , virei grande fã dessa editora.

Tais - 30, julho 2014 às (13:36)

Oi Mi,

Que pena que o livro não tá tão envolvente =/
Fico toda vez me perguntando se o melhor livro do autor será sempre O Diário de Suzana para Nicholas, até hj ainda não achei nenhum outro livro dele tão bom quanto esse.

bjs
Tais
http://www.leitorafashion.com.br

Raquel - 30, julho 2014 às (15:59)

Oi flor,
Sabe que li esse livro mas ele realmente não me entusiasmou tanto também, tanto que acabei o trocando.
Beijos
Raquel Machado
Leitura Kriativa
http://leiturakriativa.blogspot.com.br/

Karolyne Kazakeviche - 31, julho 2014 às (17:24)

Eu gosto bastante dos livros do autor e este é uma das minhas próximas leituras.
Apesar de vários comentários da escrita dele, nada positivas, eu continuo amando a maneira que ele escreve. Espero curtir bastante esse livro =D

Letícia Souza - 31, julho 2014 às (21:03)

Oiee
Já estou bastante acostumada com leituras previsíveis então isso não será problema
pra mim,só uma coisa não me fez ficar com aquela empolgação em ler o livro,os
personagens não me agradaram nenhum pouco.
Prefiro o James em seus thrillers mesmo.
beijos

Rafaela Brixner - 31, julho 2014 às (21:33)

Oi Mi!
É uma pena que você não tenha conseguido se envolver com a leitura e consequentemente aproveitar o livro. Acredito que dedicatórias que acabam por revelar alguns pontos da história deveriam estar no final do livro, pois assim acabamos descobrindo coisas que nos desanimam já que sabemos o que poderá ocorrer.
Beijos!

Rafaela, Eterna Leitora.

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