Estava ansiosa pela leitura de
É Melhor Não Saber desde que descobri sobre seu lançamento. Por ter lido
IdentidadeRoubada, certamente me senti curiosa para ler outra obra de Chevy Stevens.
Desde as primeiras páginas, só o que eu conseguia pensar era no quanto estava feliz por voltar a ler um livro que me envolvesse por completo, que me deixasse ansiosa por suas próximas páginas e que não me deixasse com vontade de parar de lê-lo. Depois de um mês, praticamente, de bons livros, mas que, na maioria, não me proporcionaram necessariamente tão boas leituras, eu estava precisando de algo como É Melhor Não Saber.
O primeiro comentário que faço é que agradeço à minha mania de não ler sinopses por não ter lido a desse livro previamente. A sinopse que coloquei nesse post foi feita por mim, então não coloquei os pontos que me causaram surpresa durante a leitura. Na verdade, os fatos nela presente realmente são o ponto de partida da história; contudo, para mim, foi uma surpresa descobri-los aos poucos, até porque a autora não entrega tudo logo de início, ela faz um mistério ao redor deles. Caso eu tivesse lido a sinopse, teria perdido a surpresa das praticamente 100 primeiras páginas. Recomendo, portanto, que a sinopse não seja lida para a história ser impactante desde o começo.
A narrativa utilizada pela autora tem a mesma estrutura de Identidade Roubada: dá-se por meio de sessões de Sara, a protagonista, com sua psiquiatra, instrumento para que a história chegue ao leitor. Assim, em primeira pessoa, conhecemos não apenas os acontecimentos do enredo como também todos os sentimentos e pensamentos que acompanham Sara por todo o livro.
O diferencial dos livros de Chevy Stevens, em minha opinião, é a abordagem psicológica neles presentes. A autora vai a fundo para explorar suas personagens, e a própria maneira de como a história afeta o leitor é de uma maneira psicológica: Chevy Stevens cria sua narrativa de maneira a se assemelhar aos sentimentos das personagens e, talvez por isso, seus livros impactem tanto o leitor. Em Identidade Roubada, me sentia perturbada ao mesmo tempo em que sentia uma ânsia imensa em continuar a leitura, e tais sentimentos eram tão contraditórios entre si como os da própria personagem em seu cativeiro. Agora, minha perturbação ocorreu em outro nível e de outra maneira, mas novamente foi se assemelhando aos da protagonista da história. Me sentia ansiosa, me sentia tensa, queria que aquela situação angustiante fosse logo resolvida.
Aliada a sua ótima narrativa, temos, também, uma história bem desenvolvida, que consegue dosar a pressão psicológica com a investigação policial. A questão na história não é apenas que os conflitos sejam finalizados para trazer a paz novamente à personagem, mas há também o suspense para compreender alguns dos pontos em aberto nela, e foram esses os responsáveis por minha curiosidade ter sido atiçada.
O ponto negativo do livro não chega a ser um defeito seu, mas uma consequência de não ter sido meu primeiro contato com uma obra da autora. Ela, como a maioria dos autores, tem seu padrão de desenvolvimento da história e, por isso, eu já estava preparada para parte dos acontecimentos, eu já esperava por eles, ainda que não soubesse exatamente como eles aconteceriam. Dessa maneira, É Melhor Não Saber me surpreendeu muito menos do que Identidade Roubada, além de não ter conseguido me perturbar tanto quanto o primeiro.
De qualquer forma, o livro é excelente e foi suficiente para me fazer ter certeza de que lerei qualquer obra da autora publicada por aqui. Chevy Stevens é excelente como autora de thrillers psicológicos e policiais, e seus livros são um prato cheio, não apenas para os admiradores do gênero, mas para todos que desejam dar uma chance as suas obras.
Oie Mii!
Amei a sua sinopse, infelizmente eu ja li a sinopse verdadeira do livro, pois a sua ficou bem melhor e bem mais misteriosa!
Quanto a resenha, me deixou louca de curiosidade, pois eu li também Identidade Roubada (graças a você), e AMEI a escrita da autora, ela envolva agente de uma maneira que nem da pra explicar, eu vou SIM ler esse livro, assim que acabar a série A Maldição do Tigre. Beijos Flor =)