[Resenha] Gregor - O Guerreiro da Superfície - Suzanne Collins - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
12

jun
2012

[Resenha] Gregor – O Guerreiro da Superfície – Suzanne Collins

Título: Gregor – O Guerreiro da Superfície
Autor: Suzanne Collins
Editora: Galera Record
Número de Páginas: 304
Ano de Publicação: 2012
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O pai de Gregor, de 11 anos, desapareceu há mais de dois anos, o que tornou a vida do menino muito difícil. Mas tudo se complica ainda mais quando ele cai através de um duto de ventilação na lavanderia do prédio onde mora, e encontra um incrível universo desconhecido sob a cidade de Nova York. Agora, apesar de seus protestos, o menino precisa liderar um estranho grupo de humanos e animais gigantes numa missão que pode salvar o Subterrâneo além de ser a única saída para encontrar seu pai.

Confesso que não tinha muitas expectativas ao iniciar a leitura de Gregor – O Guerreiro da Superfície. Baratas? Aventura em um mundo subterrâneo? BARATAS? Mas é claro que subestimar Suzanne Collins é um erro, e um erro dos grandes.
Só para constar: livros sobrenaturais e eu costumamos ter um sério problema. São poucos os que conseguem, realmente, me envolver. Recebi o livro ontem e a resenha já está no ar. E não, eu não passei o dia inteiro em casa somente lendo. Fui para o estágio, tive reunião de tarde na faculdade e ainda consegui tirar um cochilo rápido no trem, voltando pra casa. A questão é que a leitura é realmente rápida, por diversos motivos.
O primeiro é a deliciosa narrativa da autora. Dessa vez, diferente de Jogos Vorazes, temos a história narrada em terceira pessoa e que, apesar de diferente, não deixou nada a desejar. Ressalto aqui que não tenho problema algum com narrativas em terceira pessoa, meu comentário foi apenas baseado na comparação dos dois tipos usados por Collins.
O outro é que a história é, visivelmente, para um público mais jovem do que da trilogia distópica pela qual a autora ficou famosa. Assim, por ser um livro infanto-juvenil, os acontecimentos são todos mais acelerados para conseguir prender a atenção do leitor. Devemos lembrar que as pessoas nessa faixa etária muito provavelmente não estão tão acostumadas a ler e histórias mais ágeis são mais suscetíveis a terem sua leitura concluída.  Ainda que os fatos aconteçam rapidamente, a história em si não é acelerada. Tudo nela acontece em seu devido tempo, conseguindo envolver o leitor ao invés de causar algum desconforto por sua velocidade.
E, por fim, Suzanne criou um mundo encantador. Nunca pensei que eu fosse capaz, na minha vida, de sentir afeição por alguma barata, e a autora conseguiu isso. No primeiro momento em que elas aparecem na história, juro que estremeci, imaginando esses “bichos grandes” (como diria Boots). Sim, eu morro de medo de baratas e não gostaria nem um pouco de encontrar com alguma de 1,20m. Achei que isso afetaria minha leitura, mas acabou que, quando dei por mim, os seres Rastejantes haviam conquistado meu afeto e meu respeito. Além disso, é impossível não se encantar por Boots. Eu sorria sozinha ao imaginar essa bebê de 2 anos, e as falas dela são as melhores de todo o livro, porque são escritas de modo a reproduzir a de uma criança da idade dela. Simplesmente fofa demais!
Não pude deixar de reparar que, apesar do livro ser Infanto-Juvenil e claramente ser uma ficção, há uma dose de realidade nele. Sutil, mas presente. Muitos dos acontecimentos contrariavam minha expectativa no sentido de que eu esperava algo mais “romântico” e “idealizado” (não “romântico” de “relacionamento romântico”, mas sim do Romantismo, cenas impactantes e idealizadas) e, logo em seguida, a autora me surpreendia mostrando uma atitude muito próxima da realidade, inerente a qualquer ser humano: uma hesitação, uma fala que não foi dita simplesmente porque não foi possível pensar em uma boa resposta naquele momento, coisas desse tipo. Reais. Não que não haja cenas impactantes, mas elas não acontecem a todo o momento.
De um modo geral, o que posso dizer é que amei o livro. Foi uma leitura deliciosa e a frase do Publishers Weekly sobre ele (“Ao contrário de Gregor, os leitores não vão querer sair do Subterrâneo”) é completamente verdadeira: eu não queria sair de lá. Ainda que a história tenha sido bem finalizada, fechei o livro precisando da continuação, ansiosa para saber o que mais Gregor e seus amigos ainda vão vivenciar. É o tipo de livro que farei questão que meus filhos, caso um dia eu seja mãe, leiam e que indicarei para toda criança, pré-adolescente, adolescente, fã de uma boa aventura, ou seja, para todos que procuram um bom livro do gênero para ler.




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13 Respostas para "[Resenha] Gregor – O Guerreiro da Superfície – Suzanne Collins"

Vanessa Tourinho - 12, junho 2012 às (21:56)

Sim! Sim! Sim!Concordo com TUDO que escrevestes, Mi!
Quando li Gregor, isso por volta do ano de 2009, de me apaixonei desde a primeira página! Os personagens são cativantes e a história é mágica. Fiquei aflita ao notar que eu estava chegando ao fim do livro, e que não teria mais do Gregor e da Boots! :/
Desde lá eu já estava apaixonada pela escrita da Suzanne, e fiquei imensamente feliz ao ver o sucesso dela com JV, apesar de não ter gostado tanto como gostei de Gregor.
Beijos, flor!
PS: Desculpe a ausência. :/

Canto e Conto - 12, junho 2012 às (21:58)

FEliz por ler a tua resenha – que por sinal, eu adorei!!

Eu me apaixonei por Gregor e todos os seres do Subterrâneo, Mi. Amei, e hoje mesmo sem poder, já estava procurando o preço do livro 2 kkkk

Simplesmente adorei este livro, é a confirmação de Suzanne Collins como uma das minhas autoras inspiradoras.

beijos!!

Lucas Martins - 12, junho 2012 às (22:08)

Bem que eu tinha visto, Mi, que você começou a ler ontem.. Fiquei tipo “WTF Como ela leu tão rápido?”, hahah Que bom que a narrativa contribui, né!
Eu tenho Jogos Vorazes (depois de muito tempo dizendo que não tinha e precisava ler… ainda não li) e minha curiosidade é pelo que a Suzanne cria. Essa história parece diferente e fiquei com vontade de ler. Provavelmente, depois que eu ler Jogos Vorazes e amar, vou querer ter todos livros da autora. Então, lerei Gregor!
Beijão, Mi!

Entre Fatos & Livros - 13, junho 2012 às (04:31)

Oi Aione.
Confesso que mesmo com sua resenha maravilhosa e seus elogios, a história não me chama atenção. Posso estar substimando a autora, assim como aconteceu com vc no início, mas o assunto… sei lá. Espero que surpreender também. No mundo fantástico da literatura tdo é possível, né.

BjoO
Pri
Entre Fatos e Livros

Kivia Nascentes - 13, junho 2012 às (13:39)

Achei bem mirabolante mas gostei. Fiquei até saudosista de umas histórias que eu lia quando era mais nova (artur e os minimoys). Quando vi essa a capa nem fui muito com a cara, confesso. Mas depois da resenha você me convenceu, parece ser bacana mesmo. Só estou chocada como você conseguiu ler em tão pouco tempo com tantas outras coisas pra fazer. Coisas que só você, diva, consegue, hahaha

beijos sua linda!

Shizu - 13, junho 2012 às (13:51)

gostei muito da sinopse <3
me deu até um arrepio haha se eu encontrar em uma das minhas idas a livraria comprarei

http://himi-tsu.blogspot.com.br/

Lili - 13, junho 2012 às (16:41)

Fiquei super afim desde que li a primeira resenha no blog da Gi, que por coincidência postou hoje a resenha do terceiro (http://www.dicasdelivrosefilmes.com.br/2012/06/resenha-gregor-e-a-profecia-de-sangue-suzanne-collins/)

Bom, se a história me encantou, agora que estou lendo e nos capítulos finas de Jogos vorazes, fiquei mais loucamente afim.
Fiquei apaixonada com a escrita dela.

Quando eu ler, volto aqui pra trocarmos mais comentários. Beijos Aione

liliescreve.blogspot.com

Julia G - 13, junho 2012 às (18:29)

Como assim BARATAS?
Acho mesmo que qualquer um que pegar esse livro iria ficar dessa forma. Eu só consigo pensar naquelas patinhas secas nojentas que, ui… parei, parei.
Mas, depois de tudo isso que você contou, eu também fiquei curiosa para ler o livro. Abro algumas exceções para os infantos juvenis e é raro me arrepender. E bom, Suzanne Collins tem seu nome não à toa, né?

Beijões Mi.

Raquel Machado - 14, junho 2012 às (00:44)

Oi flor,
Não tinha ouvido falar ainda deste livro mas sendo da Suzana Collins deve ser no minimo interessante. Porém parece um pouco infantil demais para mim no meu caso ne…rsrs…
Bjksss
Raquel Machado
Leitura Kriativa

Eduarda Menezes - 14, junho 2012 às (04:08)

Ah que resenha mais legal hahaha foi muito gostosa de ler!
Eu vi esse livro esta semana na Saraiva e achei a sinopse bem parecida com a de outro infanto-juvenil que já li, “Tunéis”. Provavelmente o desfecho é diferente, mas está tudo aí: um pai que desaparece misteriosamente; um garoto que sai a procura dele e descobre um mundo subterrâneo nunca antes imaginado e tenta a todo custo sair de lá, ao mesmo tempo em que procura respostas. Basicamente é isso! Mas acho que cada um deles deve conter as suas particularidades.
Por ser a Suzanne Collins não me admira que a escrita seja tão gostosa de ler, que o livro seja ágil e interessante; tirando por Jogos Vorazes ela realmente sabe prender a nossa atenção.
Gosto de histórias que nos envolvem, por mais fantásticas que sejam, que nos façam sentir na pele como seria se aquilo realmente estivesse acontecendo. Fiquei um pouco receosa quanto as baratas, confesso huahau tenho um pavor imenso, mas acho que se isso não te incomodou, provavelmente acontecerá o mesmo comigo (espero)!
Beijão, Mi!

Pah - 14, junho 2012 às (12:44)

Oi gêmea, concordo totalmente com você, o livro é rápido como um livro pra tal publico deve ser, real o suficiente para nos fazer refletir e encantador demais para nos fazer sorrir, o que são as falas da Boots? Gente ela é um amor! E como vc, eu também me apaixonei por uma barata e por um morcego, e como pode isso gente? Isso é realmente possível? Só a Suzanne mesmo, o segundo livro está aqui me chamando, quero saber logo como vai ser a continuação dessa história.

Beijos

Pah, Livros & Fuxicos

Jonathan Henrique - 14, junho 2012 às (13:37)

Apesar gostar de Jogos Vorazes e da Suzanne Collins, não consegui me interessar por Gregor. Tá, é um tipo de livro que gosto, mas ainda sim eu não me interessei.
Ah, antes de descobrir esse livro, eu achava que JV era o primeiro trabalho da Suzanne, mesmo nunca tendo visto a frase “livro de estreia”.
Mi, resenha muito bem escrita. Achei engraçado esse negócio das baratas… hahaha.

Beijos!

Ni - 16, junho 2012 às (14:35)

Não sou muito fã de “Jogos Vorazes”, então “Gregor” é um livro que eu não tenho interesse em ler. Olha, eu realmente achei que era brincadeira quando você falou que o livro tinha personagens do estilo baratas de 1,20m! HAHAHAHA! Sério, tudo me diz para não ler esse livro que eu não vou gostar, mas você gostou tanto dele que… Não sei!
Beijão!
Ni

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