Título: Rainhas Geek
Título original: Queens of Geek
Autor: Jen Wilde
Tradutor: Débora Isidoro
Editora: Minotauro
Número de Páginas: 304
Data de Publicação: 2018
Skoob: Adicione
Compare e Compre em Pré-Venda: Amazon ♥ Saraiva
Charlie é youtuber, atriz, bissexual… E uma das atrações principais da Supa Con, a convenção de cultura pop mais famosa do mundo. Essa é sua chance de mostrar aos fãs que superou seu término público com o ex-namorado – e co-estrela de seu último lme – Reese Ryan. O reencontro de Charlie e Reese deixa o clima pesado, mas quando a it girl Alyssa Huntington aparece como convidada surpresa no evento, o que Charlie pensava ser apenas um crush de internet se mostra muito real.
Melhor amiga de Charlie, Taylor quer ser invisível. Seu cérebro parece estar programado para funcionar de maneira diferente das outras pessoas e ela gosta de rotina e estabilidade. A única mudança que ela quer em sua vida é no status de sua amizade com Jamie, o que ela sabe que nunca acontecerá. Mas, ao ouvir sobre um concurso de cosplay de seu fandom favorito, Taylor começa a repensar até onde vai seu medo de se destacar.
RESENHA EM VÍDEO
RESENHA ESCRITA
Rainhas Geek é lançamento de Jen Wilde pelo selo Minotauro da editora Planeta. Em meio a um cenário completamente atual, a história se desenvolve durante um final de semana de uma convenção de cultura pop e consegue ir muito além de um enredo divertido.
Charlie, Taylor e Jamie são melhores amigos e estão realizando o sonho de participarem da SupaCon. Charlie é atriz, youtuber e uma das principais atrações da convenção, na qual ela pretende mostrar a seus fãs como superou o término com seu ex-namorado e parceiro no filme em que atuou. Quando Reese chega inesperadamente para a convenção, Charlie percebe que sua tarefa vai ser mais complicada do que imaginava. Contudo, para sua sorte, a youtuber Alyssa — de quem Charlie é fã — é outra atração do evento e começa a se aproximar dela. É quando Charlie começa a desconfiar que seu crush por Alyssa pode estar sendo correspondido. Paralelamente, Taylor está empolgada com o evento, mas lidando com as dificuldades que sempre a acompanham — como seu desejo de ser invisível e sua resistência às mudanças. Extremamente fã de uma famosa série de livros, ela encontra a possibilidade de conhecer sua maior ídola — a autora da série — em meio a um concurso de cosplay, do qual ela só conseguirá participar se deixar de lado os medos que costumam tomar conta dela.
Em primeira pessoa, a narrativa de Rainhas Geek se intercala de acordo com as perspectivas de Charlie e Taylor, garantindo o protagonismo feminino na obra. As garotas, embora bastante diferentes, estão enfrentando cada qual seus próprios conflitos, apresentados ao leitor de maneira muito próxima. Assim, somos tanto capazes de sentir empatia por elas quanto também é possível que nos reconheçamos em muito do que elas sentem, vivem e passam.
O trunfo de Rainhas Geek está em abranger questões típicas do final da adolescência — como a formação da própria identidade, o medo pelas incertezas do futuro e pela iminência das mudanças na vida, a sexualidade e as primeiras relações amorosas — sem deixar de lado temas gerais e completamente essenciais. A SuperCon nada mais é do que uma amostra da sociedade como um todo e nesse agrupamento de pessoas, encontramos o enfrentamento do machismo, da gordofobia e da homofobia, além de situações que envolvem também os problemas relacionados à saúde mental. Assim, o livro é tanto formativo para o público ao qual se destina — e que está em processo de formação — como também auxilia no debate de questões que ainda precisam ser esclarecidas.
Fiquei extremamente emocionada pela maneira de como Jen Wilde trabalhou cada um dos temas. A autora nos coloca na pele das personagens e mostra com precisão as problemáticas enfrentadas. Senti com Charlie e Taylor os momentos em que foram oprimidas. Senti com elas seus medos e suas dificuldades. Mas, acima de tudo, senti nelas a força que as motiva e a força que existe entre elas. Ouvi as vozes de cada uma e fui presenteada com o empoderamento e a inspiração que elas proporcionam. Rainhas Geek é, acima de tudo, uma história de autoaceitação e de sororidade, e foi impossível não me sentir tocada pela mensagem que o livro transmite. Taylor, em especial, me conquistou por sua personalidade, por sua bondade inata e por sua força sem tamanho. De qualquer maneira, é incrível acompanhar as garotas encontrando seu lugar no mundo e se aceitando exatamente como são.
Não esperava amar Rainhas Geek como amei. Fiz a leitura em pouquíssimas horas e, durante esse meio tempo, ri, chorei, me diverti e me encantei. A história é gostosa de se acompanhar e traz tantos discursos incríveis que sentia, a todo momento, vontade de compartilhar essas passagens com outras pessoas, tamanha a força e a relevância que compreendem. Isso sem falar no romance, que conquista e faz da leitura ainda mais encantadora. Assim, o livro foi direto pra minha lista de queridinhos e se transformou em mais um que constantemente estará entre minhas recomendações.
Oi, Aione.
Nunca li nenhum dessa temática, com o romance voltado entre duas mulheres, mas acredito que seria uma leitura bastante válida e única, por debater e ser voltada para temas alvos de preconceito.
Já o conhecia, e fiquei feliz quando vi que ele ia ser publicado aqui.