[Vídeo Resenha + Promoção] A Coroa – Kiera Cass

Título: A Coroa
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Número de Páginas: 310
Data de Publicação: 2016
Skoob: Adicione
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Em A Herdeira, o universo de a Seleção entrou numa nova era. Vinte anos se passaram desde que America Singer e o príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção.

Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil – e importante – do que esperava.

America Singer e o Príncipe Maxon se apaixonaram, e a filha do casal é a primeira princesa a passar por sua própria seleção.

Eadlyn não acreditava que encontraria um companheiro entre os trinta e cinco pretendentes do concurso, muito menos o amor verdadeiro. Mas às vezes o coração prega peças… e agora Eadlyn precisa fazer uma escolha muito mais difícil – e importante – do que esperava.

Depois de ter me decepcionado com o retorno da série A Seleção, dado com o lançamento de A Herdeira, estava curiosa pela leitura de A Coroa, tanto para saber o real desfecho da saga quanto para descobrir se a história de Eadlyn, a nova protagonista e filha de America, protagonista dos três primeiros volumes, conseguiria enfim me conquistar.

Não há como explicar a trama de A Coroa sem soltar spoilers do livro anterior. Basta dizer que Eadlyn continua pressionada por suas obrigações e temerosa por seu destino, principalmente porque sua visão de mundo foi alterada após ter sido forçada a participar de uma Seleção, algo que ela jamais imaginou viver. Ainda, os acontecimentos posteriores ao início da Seleção – e refiro-me aqui ao desfecho de A Herdeira – tornaram ainda mais urgentes suas preocupações e consequências de suas escolhas, não apenas para o reino, mas, principalmente, em para sua própria vida.

“Não, aquele processo inteiro não fazia sentido, mas eu conseguia entender como tinha acontecido, como o coração podia ser arrebatado naquela aventura. E naquele momento era esta minha esperança: que de algum jeito dever e amor se tornassem uma coisa só e eu me descobrisse feliz no meio da Seleção.”

página 17

Sempre me sinto redundante ao falar da escrita de Kiera Cass quando resenho seus livros. Há uma fluidez em suas palavras que chega a ser quase mágica, de tão envolvente e encantadora. Seus livros normalmente são bem fáceis e rápidos de serem lidos, principalmente porque lemos sem perceber, e mal queremos desgrudar da leitura até ela se acabar. E com A Coroa não foi diferente: envolvimento garantido do começo ao fim.

E parte dos motivos que me fizeram não gostar tanto de A Herdeira estiveram ausentes aqui. Assim como desejei, Eadlyn está mais ciente do mundo ao seu redor e disposta a ir além do que sempre foi. Dessa maneira, a personagem se tornou mais agradável aos meus olhos, o que influenciou inclusive na história como um todo. O livro é, sem dúvida alguma, um exemplo de leitura “água com açúcar”, ainda mais do que os demais livros da série. Gostei de como a autora conduziu o romance – bastante fofo, mas, ainda assim, longe de ser intenso como nos três primeiros livros -, e o amadurecimento da personagem, como já mencionado, e há um inegável ar de “felizes para sempre” na conclusão da saga.

“- (…) Eu estava à deriva, e você me trouxe de volta para a terra. Tantas pessoas têm a responsabilidade de me manter na linha, mas ninguém me faz sentir tão normal como você.”

página 238

Porém, ainda que eu tenha gostado do livro – e preferido a seu antecessor -, não fiquei imune às suas “falhas”. A história toda se desenvolve sem que nada realmente grandioso aconteça e então, ao chegar ao final, os acontecimentos se dão todos rápido demais, e as soluções são ainda mais rápidas e quase nada trabalhadas. Ainda, se comparados aos três primeiros livros da série, o ritmo dos dois últimos se destoa consideravelmente: enquanto a história de America traz um incontestável clima de tensão, a de Eadlyn carece nesse aspecto. A Coroa, inclusive, foi tão construída em uma atmosfera amigável e feliz que fiquei o tempo todo esperando o momento em que tudo daria errado – o que só aconteceu quase ao final, e em proporções bem menores do que eu esperava.

De um modo geral, gostei da leitura no sentido dela ter me proporcionado agradáveis momentos para uma tarde fria embaixo de um cobertor, e sua adaptação seria um típico filme de sessão da tarde ao qual assistimos sem pretensão alguma a não ser a de nos distrairmos e suspirarmos com sua fofura. Mas, em termos de história, achei essa segunda parte da série bastante inferior à primeira, principalmente pelos conflitos terem sido bem menos estimulantes. De qualquer maneira, foi interessante revisitar Ilea após tantos anos e ter um vislumbre do futuro das personagens que nos conquistaram desde A Seleção. E, como todo bom fã, é claro que sentirei saudades desse universo apaixonante criado por Kiera Cass.

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Boa sorte a todos!