Atenção! A sinopse abaixo contém spoilers de Insaciável, porém, a resenha NÃO contém.
Título: Mordida
Autor: Meg Cabot
Editora:Galera Record
Número de Páginas: 308
Ano de Publicação: 2011
Skoob: Adicione
Orelha de Livro: Adicione
Compare e Compre: Buscapé
O poder especial de Meena Harper finalmente será valorizado. A Guarda Palatina – uma poderosa unidade secreta que caça demônios – a contratou para trabalhar na filial de Manhattan. A questão é: seu ex-namorado, Lucien Antonesco, é filho do Drácula e o príncipe da escuridão. Tudo bem, Meena decidiu que já chega de vampiros em sua vida… Ao menos até que consiga provar que, mesmo não tendo alma, os seres demoníacos não perderam a capacidade de amar.
Pode-se dizer que esse é o terceiro estilo literário diferente de Meg que já li. O primeiro, e mais conhecido, é o chick-lit. Depois, tive contato com seus romances históricos e adultos através de A Rosa do Inverno. Estou dizendo isso para salientar o quanto cada uma das três narrativas se diferencia. Ainda que Insaciável e Mordida sejam chick-lits, a narrativa de ambos é mais séria, mais madura, não tem o mesmo ar de informalidade que o primeiro apresenta. E por mais que a narrativa em A Rosa do Inverno também tenha esse ar mais sério, é diferente dessa sobrenatural. O que mais chamou minha atenção foi a grande presença de frases curtas e de impacto. Em alguns momentos, elas até mesmo me pareceram estarem em demasia, a ponto de ter uma menor fluidez da leitura. Tenho mania de ler dando uma entonação às falas e, enquanto eu lia Mordida, foram muitos os momentos que eu fazia pausas dramáticas por conta de alguma frase de impacto.
O fato de a história ter mais ação e menos romance acabou por me envolver menos do que o primeiro volume. Confesso que eu me disperso facilmente em cenas de muita ação, prefiro acompanhar a descrição de um raciocínio lógico ou algum conflito emocional do que uma cena cheia de adrenalina. Eu acabo me perdendo no que está acontecendo.
Apesar disso, Meg me surpreendeu e muito ao concluir a história. Eu jamais esperei o desfecho dado e, com certeza, essa foi a melhor forma que a autora encontrou para fazer sua crítica aos livros e histórias do gênero. Ela passou muito bem sua mensagem e sua opinião sem que se perdesse em tudo o que já havia criado até aquele ponto.
Um fato que merece ser citado é a presença de dois personagens brasileiros nesse livro! Inclusive, Meg acabou criando toda uma raça de vampiros própria do Brasil e adorei poder imaginá-los por aqui. Achei, também, interessante o nome de uma delas: Carolina da Silva. Já que é para se criar uma personagem tupiniquim, nada melhor do que dar a ela o sobrenome mais tupiniquim de todos!
De modo geral, senti falta de mais romance nesse livro, mas isso porque, bem, sou eu. Eu sempre quero romance em tudo que leio. Acredito que para quem gosta de livros sobrenaturais e ação, Mordida superou em muito Insaciável, principalmente por ser mais direto. Particularmente, continuo preferindo o primeiro, mas tirei, novamente, o chapéu para Meg. “Choque” e “surpresa” são as palavras que definem a minha reação ao finalizar a leitura. Por mais inesperado que o final tenha sido, acabei gostando do rumo tomado por ela, exatamente pela mensagem nele embutida.
Fãs de Meg Cabot, não deixem de conhecer mais essa faceta da escrita da autora!
Heey Aione, pela primeira vez alguém me entende e descreve exatamente como me sinto: “Confesso que eu me disperso facilmente em cenas de muita ação, prefiro acompanhar a descrição de um raciocínio lógico ou algum conflito emocional do que uma cena cheia de adrenalina. Eu acabo me perdendo no que está acontecendo.”
Só li um livro da Meg Cabot (que é o “segundo” da série A Rosa do Inverno, o Retratos do Meu Coração) e quero muito ler os de A Mediadora, mas as séries dela são muuito grandes, tenho um receio com isso.
Gostei MUITÃO da tua resenha, super bem escrita.
Beijoca :*
@pirulitolimao