“Tristão, excelente cavaleiro a serviço de seu tio, o rei Marcos da Cornualha, viaja à Irlanda para trazer a bela princesa Isolda para casar-se com seu tio. Durante a viagem de volta à Grã-Bretanha, os dois acidentalmente bebem uma poção de amor mágica, originalmente destinada a Isolda e Marcos. Devido a isso, Tristão e Isolda apaixonam-se perdidamente, e de maneira irreversível, um pelo outro. De volta à corte, Isolda casa-se com Marcos, mas ela mantém com Tristão um romance que viola as leis temporais e religiosas e escandaliza a todos. Tristão termina banido do reino, casando-se com Isolda das Mãos Brancas, princesa da Bretanha, mas seu amor pela outra Isolda não termina. Depois de muitas aventuras, Tristão é mortalmente ferido por uma lança e manda que busquem Isolda para curá-lo de suas feridas. Enquanto ela vem a caminho, a esposa de Tristão, Isolda das Mãos Brancas, engana-o, fazendo-o acreditar que Isolda não viria para vê-lo. Tristão morre, e Isolda, ao encontrá-lo morto, morre também de tristeza.”
Já diria Woody Allen, em Vicky Cristina Barcelona: “Somente um amor incompleto pode ser romântico”.
Obstáculos levam à superação. Por mais exemplar que seja uma história de amor que não encontra obstáculos, ela deixa de ser romântica. O conceito de “romântico” está intrinsecamente ligado aos ideais românticos da época do Romantismo e a essas próprias histórias que antecederam essa época, como as de Tristão e Isolda e Romeu e Julieta, simplesmente porque todo o sofrimento, nesses casos, potencializa o sentimento.
Que fique claro: estamos falando do romance em livros, não na vida real, ok? Essa seria outra discussão!
Mais um exemplo está em Titanic, que, apesar de não ser um livro, é um dos filmes de maior sucesso de bilheteria da história do cinema e narra, exatamente, uma intensa história de amor não realizado.E por que, então, esse sofrimento é tão atraente nessas histórias?
Há quem possa dizer que o ser humano é alguém sádico e, por isso, aprecie tragédias, de alguma forma. Novamente, não vou entrar nessa questão, se é válida ou não. Mas, levando-a em consideração, eu prefiro acreditar que o sofrimento é atraente por conta da superação envolvida, como já citei anteriormente.
Quem é que nunca vibrou ao acompanhar a superação dos obstáculos em uma história? Quem foi que nunca sofreu ao ver diversos acontecimentos tristes em um livro, mas que, ao chegar ao final, suspirou feliz e pensou que todos os sofrimentos só fizeram aquela leitura mais prazerosa ao final?
Essa é a questão: a fórmula dos obstáculos funciona até os dias de hoje nas histórias porque potencializam o amor, valorizam o sentimento e o relacionamento. Sabe aquela história de que só damos valor àquilo que apresenta dificuldade? Que o que é muito fácil não é valorizado? É essa a ideia embutida na maioria dos romances.Talvez seja esse o elemento que tanto me agrada em livros assim. Simplesmente acho incrível qualquer história de superação, ou um amor que resista às dificuldades ou à ação do tempo. É delicioso um romance que a tudo enfrenta sem enfraquecer.
Já diria Shakespeare:
“Não haja impedimento à uniãode almas fiéis; amor não é amorse se altera ao ver alteraçãoou curvar a qualquer pôr e dispor.Ah, não, é um padrão sempre constanteque enfrenta as tempestades com bravura;é estrela a qualquer barco navegante,de ignoto poder, mas dada altura.Do Tempo, o amor não é bufão, na esferada foice cuva em bocas, róseos rostos;com breve hora ou semana nãos e alteraE até ao julgamento fica a postos.E se isto é erro e em mim a prova tem,nunca escrevi e nunca amou ninguém.”
Por fim, gostaria de deixar aqui alguns dos livros românticos que mais me encantaram. Não incluirei nessa categoria nem livros clássicos nem chick-lits, porque eles terão um espaço exclusivo para eles 😉
É isso!
Espero que tenham gostado!
Beijos!
Adorei, flor!
Acho muito gostoso trazer esse conhecimento e a discussão.
Sem falar que vários dos meus romances preferidos estão aí: P.S. Eu te amo, Um dia… 🙂
liliescreve.blogspot.com