Título: Cinco dias
Autor: Julie Lawson Timmer
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 368
Ano de Publicação: 2015
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Até que ponto você estaria disposto a se sacrificar por amor?
Mara Nichols é uma advogada bem-sucedida, esposa e mãe dedicada. Ela está doente. Uma doença devastadora. Ela precisa colocar um fim ao sofrimento dos últimos tempos.
Scott Coffman é um professor do ensino fundamental que precisa cuidar de um garoto de oito anos enquanto a mãe do menino cumpre pena na prisão.
Mara e Scott têm apenas cinco dias para dizer adeus àqueles que amam. Essa talvez seja a maior prova de amor que poderiam dar a essas pessoas.
Se eu tivesse julgado Cinco dias pela capa, provavelmente não teria me interessado pela leitura. Entretanto, minha curiosidade pela obra foi instantaneamente atiçada no momento em que li sua sinopse.
Em terceira pessoa, a narrativa intercala os pontos de vista de Mara e Scott, cujas vidas são entrelaçadas de uma única forma: um fórum anônimo sobre arranjos familiares nada convencionais, no qual ambos são membros e amigos, ainda que apenas virtualmente. Mesmo que a narrativa não se dê em primeira pessoa, ela se faz extremamente próxima dos personagens, de forma a aproximar suas emoções e pensamentos do leitor e, consequentemente, fornecer uma visão parcial das situações e demais personagens, já que essa é dependente dos protagonistas.
“Mara disse às outras mulheres que não sabia ao certo por que estava tão chocada. Ela sabia havia algum tempo, intelectualmente, que só poderia existir uma razão para aqueles sintomas. Já sabia, é lógico, que esse seria o resultado. Gina fez que sim com a cabeça e Neerja deu uma risadinha de compaixão, enquanto Steph serviu a todas mais um drinque e disse:
– Acho que o intelecto e a lógica não sabem merda nenhuma de como é ser diagnosticado com uma doença incurável.“
página 88
Não demorei a me envolver com a trama; além de sua premissa ser interessante, sua característica emocional presente desde o início foi capaz de me tragar para as páginas, despertando diversos sentimentos e reflexões em mim. Ainda, não temos apenas a história desenvolvida ao longo dos cinco dias que compõem o enredo, mas também todos os fatos pregressos que culminaram nesse ponto. Por conta disso, há toda uma bagagem de conflitos que transpassa a temática central da despedida, muito vinculada aos relacionamentos familiares e, acima de tudo, ao amor.
Embora a parte da trama pertencente a Scott seja interessante e envolvente, foi principalmente a de Mara a responsável por me cativar e me emocionar, devido a sua situação. A personagem convive em meio a uma decisão impossível de se pensar, e a maneira de como a autora trabalhou a questão foi capaz de expor todas as dificuldades, todos os sentimentos conflitantes envolvidos, demonstrando o quanto essa escolha – da mesma forma que muitas outras com que nos deparamos em nossas vidas – se distancia de um certo ou errado. Pelo contrário, Julie Lawson Timmer demonstra que uma situação como essa acaba por resultar em uma decisão que será preferível a cada um de acordo com suas próprias vivências e personalidades, permitindo ao leitor, assim, compreender Mara ao invés de julgá-la, mesmo se discordar de sua forma de pensar.
“Lembrou-se de que o lance com o suicídio é que o preço, pelo menos para quem vai se suicidar, tem que ser pago adiantado. Não haveria um ‘depois’ durante o qual ela pudesse parcelar seu sentimento de perda. Pensar em Tom com outra mulher, a dor de tudo o que perderia na vida de Laks, tudo se acumularia nesses últimos quatro dias.”
página 121
Iniciei a leitura interessada pelo enredo. Aos poucos, me encantei por cada personagem apresentado – e vale dizer que a concentração de figuras apaixonantes foi grande – e sofri com as dificuldades descritas. Fiz uma leitura frenética e envolvente, completamente absorta e interessada em acompanhar cada desenrolar, sem saber exatamente o que eu desejava, de fato, encontrar no desfecho de Mara e torcendo por Scott. No fim, terminei a leitura aos prantos, completamente tocada pela trama criada por Timmer, feliz e triste ao mesmo tempo, com o coração, tanto sensibilizado quanto destruído. Aos que procuram uma leitura emocionante, com uma questão polêmica por conta de seu nível de dificuldade de resolução, Cinco dias é completamente recomendado, tendo entrado para minha lista de livros favoritos.
Olá …
Tenho que confessar que não fiquei interessada na leitura justamente pela capa sem graça …
Mas , após ler sua resenha fiquei bastante interessada , principalmente , pela recomendação no final .
Beijos
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