Sobre o Livro
Título: Como eu era antes de você
Autor: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Número de Páginas: 320
Ano de Publicação: 2013
Skoob: Adicione
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Apesar de Como eu era antes de você ter sido o primeiro livro que li de Jojo Moyes, eu nunca o resenhei para o blog (apenas sua continuação, Depois de Você). Na época, a urgência de outras resenhas, de parcerias, fez com que a dessa leitura acabasse sendo posta de lado. Independentemente de já ter se passado bem mais de um ano de lá para cá, essa é uma daquelas histórias que nos marcam e cujas impressões continuam conosco mesmo após um tempo significativo ter transcorrido.
Louisa Clark tem 26 anos, mora com os pais em sua cidadezinha natal, namora há vários anos com a mesma pessoa (alguém que parece se importar mais com seus treinos de atletismo do que com ela) e trabalha no café que sempre trabalhou – até perder o emprego e ser obrigada a procurar outro local para trabalhar, principalmente por seu pai também estar desempregado e sua família depender de sua renda para se manter. Assim, ela acaba aceitando a função de cuidadora de Will Traynor, tetraplégico desde que sofreu um acidente há dois anos, que tirou mais do que seus movimentos. E entre o desafio de aprender a conviver com alguém tão amargurado e sarcástico, Lou acaba descobrindo muito mais do que sequer um dia foi capaz de imaginar.
A primeira coisa que me lembro sobre a narrativa de Jojo Moyes em Como eu era antes de você foi sua capacidade de captar tanto das personagens, de ser tão sensível em suas diferentes perspectivas. A prioritária no enredo é a de Lou, mas há também outros momentos nos quais ela assume a de outras personagens na história, de forma a não só possibilitar um panorama mais geral de toda a situação, mas principalmente de permitir que cada diferente batalha seja também melhor compreendida. As diferentes personagens enfrentam o conflito central cada qual a sua maneira, e enxergá-las internamente torna a experiência de leitura mais ampla, mais rica, mais sensível. Tal questão é bastante controversa e polêmica, justamente por ser tão delicada e variar de acordo com a vivência de cada pessoa, e a autora teve novamente seu mérito em tê-la apresentado possibilitando ao leitor compreender, antes de julgar, e a refletir sobre suas próprias escolhas.
Depois, é incrível o quanto Jojo Moyes chama a atenção e nos toca sobre as inúmeras barreiras ao redor da vida de uma pessoa cadeirante, que vão além de suas próprias condições físicas e de saúde. Nossa sociedade como um todo ainda não está preparada para nem lidar quanto incluir essas pessoas, no que se refere ao tratamento dirigido a elas em situações sociais e às questões de acessibilidade de modo geral, já que há um despreparo muito grande nesse quesito na maioria dos locais e eventos públicos.
Por fim, faltam palavras capazes de descrever a maneira não só de como Lou impacta a vida de Will, mas principalmente o quanto esse contato a transforma – o quanto ele a transforma. Mais do que uma história de amor (e lindíssima, por sinal), temos uma história de auto-conhecimento e de auto-valorização, de compreensão do significado de se estar plenamente vivo. Também, há o ensinamento de que amar muitas vezes significa algo diferente do idealizado, e que a aceitação se torna companheira essencial desse sentimento.
Seria estranho se Como eu era antes de você não tivesse se transformado no fenômeno mundial de sucesso que é hoje. Sua história é sensível e emocionante, sem deixar de ser divertida e envolvente. É um daqueles livros que você provavelmente terminará sem chão, sabendo que a pessoa virando sua última página certamente não é mais a mesma da que leu seus primeiros parágrafos. Como eu era antes de você é um daqueles livros que você carrega consigo para o resto da vida.
Sobre o Filme
A adaptação de Como eu era antes de você tem data de estreia oficial no próximo dia 16. Contudo, ontem já aconteceu a pré-estreia em diversos cinemas do país – e fui literalmente a primeira pessoa a comprar o ingresso para a sessão da minha cidade.
Ansiosa como estava, já me senti emocionada desde as primeiras cenas. A fotografia do filme é completamente atraente, com cenários tão ricos e semelhantes aos descritos por Jojo Moyes. Foi como reviver a leitura, já que reconheci tantas das imagens como eu as havia imaginado.
Ainda, o fato de Jojo Moyes ter sido a roteirista da adaptação possibilitou que a história seja tão fiel quanto a original. Toda a essência da trama está presente, sendo que o romance ganhou ainda mais destaque nas telas. Mesmo sendo tão singelo quanto no livro, aqui ele é mais possível de ser sentido e visualizado, ganhando mais intensidade. Paralelamente, os aspectos de acessibilidade de Will, por exemplo, foram diminuídos, já que no livro eles são mais evidentes. Alguns detalhes foram levemente alterados (muito poucos, pelo que me recordo do original), bem como outros acabaram não aparecendo, inclusive fatos importantes do passado de Lou – acredito que trariam uma densa carga emocional desnecessária, considerando-se que haveria pouco espaço para ser trabalhada nesse formato de mídia. De modo geral, as principais cenas e acontecimentos estão presentes em peso, de forma que mal notei tais adaptações.
Talvez o grande mérito do filme esteja na escolha dos atores: Emilia Clarke e Sam Claflin estão completamente perfeitos como Lou e Will. Ambos parecem ter incorporado literalmente a alma dos protagonistas e trazem todas as suas nuances: enquanto Emilia aguça toda a espontaneidade e originalidade de Lou, Sam traz o charme, a amargura e o sarcasmo de Will. Sem contar a extrema química entre o casal, de forma a ser quase impossível não se apaixonar por eles. Devo dizer, também, que a maior parte das cenas que mais me emocionaram foram as que ambos carregaram no olhar toda a densidade das emoções ali representadas – há muita expressividade nos dois nesses momentos.
Eu não poderia ter saído do cinema mais satisfeita e mais encantada. Ao mesmo tempo em que me acabei de rir em diversas situações, me esvaí em lágrimas nas mesmas proporções. Os conflitos emocionais foram mantidos e belamente representados, fazendo com que a mensagem da história não tenha sido perdida. Aliás, se é possível, deixei o cinema ainda mais apaixonada por Como eu era antes de você do que já me sentia antes. Mesmo conhecendo toda a história, ao invés de isso diminuir minha emoção, só fez com que ela fosse ainda maior e que eu aproveitasse cada segundo do filme; me emocionei mais do que no livro e em partes que, nele, eu não havia chorado. Assistam o quanto antes!
Assista ao Trailer!
Oii Aione!
Li Como eu era antes de você mês passado e foi uma experiência única, não esperava tanto do livro, na verdade não esperava me apaixonar por ele. A história é linda e reflexiva. Simplesmente amei, entrou p melhores da vida! E claro, chorei muito.
Aqui na minha cidade não tem Cinema Aione, infelizmente, mas mesmo se tivesse não teria coragem de assistir ao filme, pois acho que iria sair do cinema descabelada de tanto chorar rsrs. Vou esperar para ver aqui em casa e me derramar em lágrimas…mais uma vez.
Apesar de ainda não ter assistido, pelo trailer já concordo com a sua opinião de que os atores são perfeitos para os personagens criados pela Jojo.
Adorei o post!
Abraço!!
Ahh! Acho q já disse, mas novamente, o blog está uma fofura ♥