[Resenha] O Duque e Eu - Julia Quinn - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
07

maio
2013

[Resenha] O Duque e Eu – Julia Quinn

Título: O Duque e Eu
Autor: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Número de Páginas: 288
Ano de Publicação: 2013
Skoob: Adicione
Compare e Compre: Buscapé

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo.
Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.
Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

Estava ansiosa pela leitura de O Duque e Eu há tempos, já que Julia Quinn é a autora de romances históricos favoritos da Pah, do Livros e Fuxicos, minha gêmea de alma e minha grande incentivadora de livros do gênero. Quando vi o anúncio de que ele seria publicado pela Editora Arqueiro, não pude deixar de ficar animada e já afirmo que o livro em nada me decepcionou, ainda que seu rumo tenha sido diferente do que eu esperava inicialmente.
O livro já foi publicado no Brasil no formato de Romance de Banca. Sendo assim, esperava uma leitura mais tórrida, ainda que leve, e não foi isso o que encontrei. Surpreendentemente, a escrita de Julia Quinn é deliciosamente divertida, a ponto de me tirar várias risadas durante o desenrolar da história. As situações passadas pelos personagens, suas atitudes e o próprio humor que domina suas personalidades foram os responsáveis pelos momentos cômicos do enredo.
– Mamãe!
– Muito bem. Os seus deveres conjugais… quer dizer, a consumação… é como se fazem os bebês.
Daphne se apoiou na parede.
– Então a senhora fez isso oito vezes?
página 179
E, é claro, o romance não poderia ficar de fora e em nada deixou a desejar. Ainda que ele siga a fórmula da atração praticamente instantânea, alimentada por um romance proibido, o clichê não faz da história menos interessante ou empolgante porque a autora soube como trabalhar suas personagens.

Mas, embora tivesse a consciência de que precisava encerrar aquele flerte e voltar à questão de transportar o pretendente idiota de Daphne para fora da casa, não pôde resistir a um último comentário. Talvez fosse o modo como os lábios dela se apertavam quando estava irritada. Ou a forma como eles se abriam quando ela estava em choque. Tudo o que ele sabia era que se sentia indefeso contra a própria natureza diabólica quando se tratava daquela garota.

página 48
Acredito que o ponto forte das personagens esteja nas histórias familiares vividas por elas. No caso de Simon, o Duque de Hastings, os conflitos tidos com seu pai na infância foram os responsáveis por moldarem seu caráter e por darem à história um dos principais obstáculos a ser superado. No caso de Daphne, sua família dá um charme próprio ao enredo, sendo impossível não se afeiçoar por ela, seus irmãos e sua mãe. Não há como olhar apenas para a protagonista, sua família faz parte dela e acredito que isso se repetirá nos próximos sete volumes, cada um sobre um dos filhos de Violet Bridgerton.
Por fim, não posso deixar de citar Lady Whistledown, colunista social cuja verdadeira identidade não é conhecida e que, com seus comentários ácidos, transmite ao leitor o panorama da sociedade a cada início de capítulo através de trechos retirados de suas “Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown”. Foi impossível não pensar nela como uma Gossip Girl do século XIX.

O novo duque de Hastings é um personagem muito interessante. Ainda que seja de conhecimento geral que ele não se dava bem com o pai, nem mesmo esta autora conhece o motivo da desavença.

Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown, 26 de abril de 1813
página 26
Aos que gostam de livros do gênero, não deixem de conferir O Duque e Eu. Uma leitura certamente encantadora e divertida, e que ainda deixa um gostinho de “quero mais” e a ansiedade para os próximos livros da série.




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23 Respostas para "[Resenha] O Duque e Eu – Julia Quinn"

Vanessa Llona - 07, maio 2013 às (17:36)

Gosto muito do jeito que a Julia Quinn escreve, esse livro é muito fofo, li faz tempo e amei. Gosto desse tipo de romance pq além de ser uma graça, nos ajuda a conhecer um pouco mais sobre a cultura da época. Hj em dia a mãe não precisa ter esse tipo de conversa com a filha, e a resposta da filha nunca seria igual a do cote do livro kkkkk.

Fabi Liberati - 07, maio 2013 às (17:39)

Oie Mi, ainda não li nada do gênero, na verdade não me sinto muito atraída por esse tipo de livro.
Mas, aqui, lendo a sua resenha, me fez ter vontade de ler O duque e eu. Pelo jeito é narrado em 3° pessoa né? Bom não vou descartar a possibilidade de lê-lo, quem sabe né. =D
Beijos flor

Lú Miranda - 07, maio 2013 às (17:48)

Mi, adorei sua resenha! Acho que esse é um tipo de história que me encanta, me fascina. E adorei saber que é uma série. Esses temas são bem legais, faz você ter uma leitura gostosa e divertida.
http://clicandolivros.blogspot.com.br/
Beijão <3

Ana Luiza Moraes - 07, maio 2013 às (19:44)

Amei demaaais a sua resenha! Você conseguiu falar sobre o livro sem dar nenhum spoiler, quero escrever resenhas assim um dia. *-* Eu estava curiosa para ler o livro, mas não tanto quanto agora. Colocarei na minha listinha e pretendo ler em breve, parece ser muito bom. Sem falar que sempre é ótimo conhecer mais um gênero, não é?
Beijos!

http://livrinhoseeu.blogspot.com/

Lindsay Leão - 07, maio 2013 às (20:56)

Oi Mi,
Ainda não li esse livro, mas conheço a estilo Julia Quinn de escrever e particularmente gosto muito.
Sua resenha foi linda, só me deixou com mais vontade ainda de conhecer o livro. Pretendo ler em breve, sem contar que essa capa é linda!
Beijos

Tais Bruna - 08, maio 2013 às (00:16)

Oi Mi,
O meu chegou hoje e já estou doida para começar a ler.
Também sempre vi a Pah (sua gêmea..rsrs) falar super bem dessa autora e desse livro.
Espero gostar tanto quanto você e ela gostaram da história.

bjs
Tais
http://www.leitorafashion.com.br

Ana Paula Barreto - 08, maio 2013 às (02:23)

Ainda bem que eu não sabia que era romance de banca antes de querer ler! rs. Tenho um certo preconceito com livros deste gênero. Mas pelo que entendi da resenha, a autora consegue criar uma história diferenciada, apesar dos clichês e elementos batidos.
Gostei da questão familiar no meio de tudo isto, acho que enriquece o contexto e até a profundidade da obra.
Pretendo ler o livro!
bjs

✿Nessa✿ - 08, maio 2013 às (12:10)

Oi Mi*

OMG, eu ganhei este livro agora de aniversário, eu queria muito ele o/ estou louca para ler.
Pelo que vc diz o livro é gostoso de ler. Ele será uma de minhas próximas leituras!
Adorei os quotes!

Beijos*

✿Nessa✿ - 08, maio 2013 às (12:11)

Ahh, vc está lendo Louca para casar? Menina, peguei este livro na mão e nao comprei. Fiquei mega curiosa!! Vou esperar sua resenha 🙂

Amanda - 08, maio 2013 às (16:39)

Fiquei muito curiosa para ler este livro. Uma amiga já havia falado sobre ele, o que com certeza despertou-me certa curiosidade e lendo esta resenha tenho certeza de que preciso adquirir O Duque e Eu. Parece um livro muito legal, estou louca para comprar!

Aluska Paula - 08, maio 2013 às (16:50)

Adorei a resenha, o livro parece ser bem divertido! 🙂
Tenho um marcador de página do seu blog, ele foi mandado junto com um livro que troquei com uma menina no Skoob, haha.
Estou seguindo o blog, se poder retribuir eu iria ficar muito grata: http://sea-of-books.blogspot.com

Naty - 09, maio 2013 às (00:36)

Eu já li até o terceiro ou quarto livro da série, e ela é realmente muito boa. A autora é uma das melhores do gênero e sabe como fazer um livro para capa integrante da família sem deixar cansativo.

Jéssica Rodrigues - 09, maio 2013 às (15:58)

Oie Mi.
Hahahahahaha eu quero muito ler esse livro. Estou esperando o meu chegar e estou muito ANSIOSA.
Sua resenha só aguçou mais minha curiosidade, parabéns pela resenha!
Beijos

Jéssica
http://leitorasempre.blogspot.com.br/

cristiane - 09, maio 2013 às (18:45)

Quero mais e mesmo! Querendo demais ler esse livro. AMO o gênero e adorei essa história dele, é um graça *-*

MsBrown - 10, maio 2013 às (02:13)

Ah, livros de banca são legais, pois trabalham com ideias clichê que ainda surpreende. Ainda não li esse; quem sabe um dia?

Lili - 10, maio 2013 às (14:35)

Adoro romances históricos! E quero conferir este, embora o título não me cause tanta comoção.
Acho que o especial desse tipo de leitura são as relações dos personagens e suas histórias, isso porque eles nos remetem (como muitos romances clássicos) há um tempo diferente, onde a relações entre as pessoas eram muito mais intensas e significativas do que hoje.
Muitas dessas histórias se repetem, só que conseguimos nos apropriar melhor da profundidade de seus efeitos nesses tempos passados.

Fora que eu acho ótimo viajar no tempo.

liliescreve.blogspot.com

Lucas Martins - 12, maio 2013 às (02:07)

Mi, sua linda, eu quero ler O duque e eu. Eu tenho um livro pendente com a Arqueiro, mas, assim que lê-lo, irei pedir. Estou em divida com você e a Pah, Mi, desde o final de 2011, hahahahha Eu definitivamente tenho que parar de postergar minhas leituras! E eu gosto tanto da história por trás do livro, tipo, a história de verdade, o período.. Tenho que ler!
Beijão!

Juliana Erdmann - 13, maio 2013 às (00:26)

já vi vários blogs falando muito bem desse livro.
Vai estar na minha lista de desejados com certeza . 😉

http://melanciapink.blogspot.com.br/

Ana Alves - 13, maio 2013 às (00:30)

Eu gosto muito dessa capa e do romance de época que me atrai demais!
Gosto da história não ser apenas os personagens e o romance!
Ana.
http://umlivroenadamais.blogspot.com.br/

Paloma Viricio - 13, maio 2013 às (20:53)

Hum…quero muito ler todos os romances de época que a Arqueiro publicou.Adorooo leituras nesse gênero. Curiosa porque a casa resenha que leio deles aumenta mais ainda a vontade de ler.
Beijos!
Paloma Viricio- Jornalismo na Alma.

Pah - 16, maio 2013 às (16:28)

Oi Super gêmea, tudo bem? Olha quem resolveu aparecer?! ahuahauha *.*

PRIMEIRO: Que lindo que o blog está! Adorei o visual, e tô apaixonada nesse banner rotativo, quero um também! ahuahauah ♥

Agora sobre a resenha, oin, obrigada por falar de mim! Fico feliz em ser sua ‘consultora e incentivadora’ do gênero, pq. é o que sinto por você quando falamos de chick-lits, hahha
E sobre o livro, diferente não é mesmo? A gente super espera um romance água com açúcar, mas o que surpreende mesmo são as relações familiares. E é isso que eu gosto nos livros da JQ, ela sempre vai além, mostrando sobre amor, amizade, relação pai e filho, ou mãe e filho… E o bom humor? Eu me divirto com esse primeiro quote que você colocou, essa hora é muito engraçada mesmo, kakaka

Sobre a Lady Whistledown, descobri que a autora escreveu dois contos sobre ela, e os mesmos foram publicados em obras contos de outras autoras famosas… Já achei um em ebook hoje e vou tentar lê-lo esse final de semana, estou bem curiosa para saber mais sobre essa misteriosa escritora 🙂

Bjs

Mariana Zillo - 11, junho 2013 às (23:51)

Ai, estou muito ansiosa para ler! Pena que não ganhei em nenhuma resenha, hahaha… Deve ser uma história linda, meio Jane Austen. Adoro livros de época, são lindos!

Roberta - 30, julho 2018 às (15:59)

Livro lindo! Amei a história, os personagens, a ambientação da época…tudo muito bem escrito. O livro reúne romantismo, erotismo, lição de vida e algumas passagens hilárias. Não tem como não se envolver com o drama pessoal do Simon, seus traumas de infância e tambem não se sensibilizar pela Daphne, que sonhava em ter uma família feliz, ao lado do homem amado. Li em inglês e estou pensando seriamente e ler a versão em português…kkkkk

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