[Resenha] Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito - Marc Levy - Minha Vida Literária
Minha Vida Literária
19

out
2012

[Resenha] Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito – Marc Levy

Título: Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito
Autor: Marc Levy
Editora: Suma de Letras
Número de Páginas: 244
Ano de Publicação: 2011
Skoob: Adicione
Compare e Compre: Buscapé

Poucos dias antes do seu casamento, Julia recebe um telefonema do secretário de seu pai. Como ela já tinha previsto, Anthony Walsh – empresário brilhante, mas pai distante – não poderá comparecer à cerimônia. A ausência de seu pai em momentos importantes de sua vida da filha não é novidade para Julia. Mas pela primeira vez, a personagem tem que reconhecer que ele tem uma boa desculpa: Anthony Walsh morreu. A ironia amarga da situação, com Julia forçada a adiar o casamento para enterrar o pai, faz aquela parecer mais uma das peças pregadas pelo destino na difícil relação entre os dois. Mas, no dia seguinte ao funeral, ela descobre, na forma de um enorme pacote deixado na porta de sua casa, que aquela não tinha sido a última surpresa de seu pai – e parte na viagem mais extraordinária de sua vida, uma oportunidade para que os dois digam um ao outro, enfim, tudo aquilo que nunca foi dito. 

Já faz alguns meses que li Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito. Não sei por que, mas fui postergando essa resenha e apenas agora resolvi fazê-la. Talvez eu não consiga transmitir tudo o que senti durante a leitura por conta desse intervalo de tempo entre ela e a resenha; por outro, talvez eu consiga dizer com mais certeza quais as impressões que realmente ficaram em mim. De qualquer maneira, havia feito anotações para incluir aqui quando resolvesse escrever minha opinião e sei que elas serão de grande ajuda.
Os primeiros grandes elementos que me deixaram louca para ler esse livro foram a capa e o título. Algo neles me cativou de maneira tão grande que eu simplesmente precisava ler essa obra de Marc Levy. Foi realmente um caso de amor à primeira vista, e as páginas por dentro da capa fizeram jus a essa minha necessidade da leitura.
A história já se inicia com diálogos. Aliás, eles são muitos e, na maioria das vezes, não apresentam descrições por meio de narrativas entre eles. Isso poderia ser um ponto negativo, uma vez que já aconteceu de eu não conseguir me envolver com alguns livros por essa intensa presença de diálogos: eu simplesmente não conseguia imaginar a cena e as emoções das personagens enquanto falavam. Porém, nesse caso, não tive dificuldade alguma em me envolver. Marc Levy sabe como tragar o leitor para dentro das páginas.
Ainda, tanto sua narrativa quanto a história criada por ele são intensas. Mesclando ironia com a escolha certa de palavras nos momentos ideais, ele cria uma narrativa fluida, forte e impactante, ao mesmo tempo em que também é leve e descontraída. O humor irônico presente foi uma surpresa para mim, pois não o esperava. Ele, contudo, não diminui a força da narrativa nos momentos mais intensos. Ela foi tão forte em algumas cenas que cheguei a me sentir sem ar, arrebatada pelo tamanho da emoção transmitida.
O autor, também, soube muito bem inserir contextos ficcionais em meio aos históricos, da mesma forma com que também mesclou pitadas de ficção científica, por conta de uma tecnologia avançada, com cenas do quotidiano. O que mais achei incrível dessa questão do contexto histórico foi como Marc Levy conseguiu humanizá-los. Ele não apenas os colocou na história, ele possibilitou que o leitor imaginasse como foi vivenciá-los.
Por fim, não posso deixar de citar os principais pontos do enredo e como me surpreendi com eles. Quando vi a capa, imaginei que a história trataria de um romance. Ao ler a sinopse, contudo, percebi que, na verdade, tratava de relações familiares. Essas são sim o centro da história, mas, para minha surpresa, há também um forte romance, que surgiu quando eu menos esperava e só serviu para fazer com que eu me apaixonasse ainda mais pelo livro.
Marc Levy criou uma obra complexa por mesclar tão bem diferentes temas, aspectos e gêneros literários em uma só obra. Há leveza e intensidade, há ficção e realidade; sobretudo, há a sensibilidade de alguém com um enorme dom com as palavras.




Deixe o seu comentário

17 Respostas para "[Resenha] Tudo Aquilo Que Nunca Foi Dito – Marc Levy"

Denir Junior - 19, outubro 2012 às (18:40)

Olá Aione!
Fiquei imaginando essa história em um filme. Acho que por ter muito diálogos e ser sobre família. Me pareceu um parto feito para um bom filme.
Beijos!

Ana Ferreira - 19, outubro 2012 às (19:10)

Mi, tive o prazer de me iniciar nas obras de Marc Levy com “O Primeiro Dia” e, muito genuinamente, adorei cada fragmento do livro. Tudo muito bem redigido e, ao contrário do que você falou sobre “Tudo Aquilo que Nunca Foi Dito”, com bastante narração, até pelo forte contexto científico que a história carrega consigo.
Quero ler esse livro há bastante tempo e, depois da sua resenha, com certeza o farei logo que possível.
Beijão!

Marcelo Lima - 19, outubro 2012 às (22:17)

pelo que vc disse eu iria amar esse livro , vou ler outro dele o primeiro dia e a primeira noite que ganhei de presente 🙂

JennyCullen - 19, outubro 2012 às (22:52)

Sempre tive curiosidade de ler esse livro pelos mesmos motivos; capa e título. Nem me importei muito com a sinopse,só sei que queria lê-lo.
A história parece ser muito boa,e sua resenha (aliás,muito boa!),só serviu para atiçar ainda mais minha vontade de conhecer essa obra! Principalmente por surgir um romance,ai sim eu fiquei mais doida ainda para ler!
=D

Beijooss,
Jennifer♥

JennyCullen - 19, outubro 2012 às (22:54)

Sempre tive curiosidade de ler esse livro pelos mesmos motivos; capa e título. Nem me importei muito com a sinopse,só sei que queria lê-lo.
A história parece ser muito boa,e sua resenha (aliás,muito boa!),só serviu para atiçar ainda mais minha vontade de conhecer essa obra! Principalmente por surgir um romance,ai sim eu fiquei mais doida ainda para ler!
=D

Beijooss,
Jennifer♥

Ceile - 19, outubro 2012 às (23:54)

Ai, que resenha linda, Mi! Eu também me encantei pela capa e título e assim que surgiu uma promoção, fui comprar. Ainda não li *cof cof*
Mas agora estou mais animada rs. Não me importo muito de ter muitos diálogos e se o autor acertou nisso, melhor ainda *-*
(também jurava que era um romance u_u)

Beijos!

Babi Lorentz - 20, outubro 2012 às (12:33)

Mi, esse livro parece mesmo ser uma graça!
Eu não tinha muita vontade de ler os livros do Levy, mas depois que recebi O Primeiro Dia, percebi que ele é mesmo bom, apesar de eu não ter gostado muito da narrativa dele (que é diferente de Tudo Aquilo que Nunca Foi Dito, pelo visto, porque é cheio de narrações e descrições e sem muitos diálogos).
Beijão!

Lucas Martins - 20, outubro 2012 às (18:30)

Adoro esses livros de relação pai-filho, filho-mãe, irmã-irmão.. Por isso que quero ler esse livro, pois sobre outros do autor li críticas cruéis.. :/
Beijão, Mi!

Amanda Faustino - 20, outubro 2012 às (21:39)

Eu não tenho vontade de ler esse livro, e nenhum do Marc. Não consigo achar graça nas sinopses dos livros dele. Posso estar perdendo ótimas histórias, mas não pretendo ler.

Beijos,
Mandi – Book and Cupcake.

Mari ♥ - 21, outubro 2012 às (03:29)

Oi Mi,
Não conhecia esse livro até então,mas depois que li a sinopse e sua resenha me interessei bastante.
Como você disse que a autora conseguiu mesclar esses temas em um único livro fiquei ansiosa por essa leitura,que assim como você já me conquistou pela capa.
Adoro ler suas resenhas e sempre que consigo vou atras dos livros e acabo gostando tanto como você.
parabéns pela resenha.
Beijos

Mari – Stories And Advice

Lili - 22, outubro 2012 às (11:26)

Esse é um livro que eu também tenho um amor platônico (nunca li). Eu acho o livro tão maravilhoso só de olhar que tenho até receio de ler e me decepcionar.

Esse título é um dos melhores títulos que já vi. Apaixonante, parece música.

Ano que vem pode ser que eu crie coragem para descobrir.

liliescreve.blogspot.com

Preto no Branco - 23, outubro 2012 às (02:08)

Oláá Aione!
Nunca li esse livro e tampouco alguma obra do Marc L., mas venho lendo boas resenhas a respeito de seus livros. Gostei bastante da sua e me interessei muuito pelo livro, gosto de livros que possuem bastante diálogos e imagino que o autor deva ter conseguido misturar todos os elementos que você citou de forma extremamente agradável.
Beijo!

Raquel Machado - 23, outubro 2012 às (22:48)

Oi flor,
Adorei a sua resenha e sabe que esse livro também me chama atenção mas agora no momento não tenho condições por causa da grana mesmo estou tentando me conter nas compras apesar de estar meio que impossivel com as promoções por ai…ihihi…mas esse livro ta na minha lista se um dia aparecer eu pego com certeza. Ah e fico feliz em saber que tem um romance…ihhi
Bjsss
Raquel Machado
Leitura Kriativa

Reyla Ribeiro - 18, dezembro 2012 às (19:58)

Gente o meu livro que comprei veio faltando a pagina 236, tem como alguem enviar para mim scannear e me enviar??? email reyla1@live.com… Também adorei o livro fiquei encantada…

Vanessa Assumpção - 18, janeiro 2014 às (00:34)

Oi Mi! Sua resenha me despertou a vontade de ler o livro. Uma amiga minha estava lendo e também amou! Quem sabe logo eu também não esteja lendo…fiquei curiosa pra saber o que acontece e como tudo o que nunca foi dito será dito.

Diana - 23, outubro 2014 às (14:35)

Ao ler o titulo me interessei, mas como se trata de uma relaçao familia em q o pai morre…. eu tbm perdi meu pai, acho q essa historia seria triste pra mim… bjss

Daiane - 25, setembro 2016 às (16:20)

Olá, sigo seu blog já tem alguns meses… e confesso que não leio as resenhas por inteiro, apenas me certifico se gostou ou não do livro. Como você eu não leio sinopses e mesmo que você levante os assuntos de maneira superficial (afinal de contas está falando sobre o livro) eu não leio até o fim. Leio o livro e volto na resenha, soa esquisito mas funciona. Temos um gosto similar aparentemente.
Obrigada pelo seu belo trabalho 😉

Minha Vida Literária

Caixa Postal 20

Mogi das Cruzes/SP

CEP: 08710-971

Siga nas redes sociais

© 2024 • Minha Vida Literária • Todos os direitos reservados • fotos do topo por Ingrid Benício